Mais um bomba que recai sobre o mundo político de Mato Grosso do Sul.
Joesley Batista, um dos dono da empresa JBS, em entrevista para a Revista Época desse sábado, dia 17 de junho, revelou que o esquema de pagamento de propinas que o frigorífico participava para políticos e dirigentes partidários teria começado em Mato Grosso do Sul, durante a gestão do ex-governador Zeca do PT.
Quem diria, o senhor Zeca e seu staff meteram a “mão na cumbuca” durante o seu governo fazendo escola na corrupção para o Brasil. Justamente ele que veio para ser o político “honrado” com um governo limpo e honesto de 96 a 2004, oito anos no poder.
Joesley já havia revelado que MS estava e está envolvido nas propinas. A citação foi em delação à Justiça e envolve os governos subsequentes com o de André Puccinelli, do PMDB e de Reinaldo Azambuja, do PSDB.
A delação foi feita há um mês e os dois ex-governadores, assim como o atual, negaram tais acusações. Reinaldo, inclusive, entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo a anulação a delação feita pelos donos da JBS.
O empresário disse à Época, que para operar normalmente em Mato Grosso do Sul ele teria realizar o pagamento de propinas. “Vi uma estrutura organizada no andar de cima, como o governador. As coisas no Estado só funcionaram dentro da normalidade se estivéssemos alinhados com eles”, frisa.
O empresário ainda completou, destacando que “esse esquema perdurou até hoje”. “Foi do PT ao PMDB, e agora, está no PSDB. Tudo com o mesmo modelo, o mesmo ‘modus operandi’. Mudam os nomes, mas o sistema permanece igual”. destaca.
Em resposta, Temer e os demais afirmaram ser mentiras as afirmações do empresário. Temer foi além e, em nota oficial, chamou Joesley de bandido notório e que irá processá-lo por causa das afirmações feitas. O presidente também reclamou do perdão judicial que o empresário conseguiu na delação premiada.
Veja os trechos ditos pelo empresário
“Quem inaugurou esse sistema (de propina) foi o governo do PT. A primeira vez que fui abordado com essa forma de operar foi em Mato Grosso do Sul, no governo do Zeca do PT. Vi uma estrutura organizada no andar de cima, com o governador”,
“Tudo com o mesmo modelo, o mesmo modus operandi. Mudam os nomes, mas o sistema permanece igual”.
“Há uma coisa curiosa: 90% desse dinheiro de propina – que nós contamos na colaboração – voltava para a política, para financiar a permanência das mesmas pessoas no poder. Para manter a roda girando”.
Veja e entrevista completa no link abaixo.
http://epoca.globo.com/politica/noticia/2017/06/joesley-batista-temer-e-o-chefe-da-quadrilha-mais-perigosa-do-brasil.html