CRM revela que falso médico que atendia em Sidrolândia aguarda aval de universidade da Argentina

O CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) informou que o médico flagrado atuando sem registro profissional no Hospital Elmíria Silvério Barbosa, em Sidrolândia, está aguardando envio de confirmação de universidade na Argentina, onde concluiu o curso para poder efetivar o registro.

Conforme nota do próprio conselho, o profissional estava atuando sem o devido registro durante fiscalização na terça-feira (2). O presidente do CRM-MS, José Jailson de Araújo Lima, explicou que o profissional é de nacionalidade brasileira, mas apresentou ao conselho a comprovação do Revalida, ou seja, uma revalidação do diploma de curso realizado na Argentina para poder atuar no Brasil.

No entanto, o processo ainda não foi concluído, portanto, ele não possui a autorização para atuar no Brasil. Para isso, é necessário aguardar prazo de até 45 dias até que a universidade argentina confirme ou não que o curso realmente tenha sido concluído e o profissional tenha sido devidamente diplomado.

“O prazo tem início a partir do dia em que a entidade encaminha a solicitação à universidade e caso a instituição de ensino não discorde, o registro é efetuado automaticamente. Mas, é importante salientar que todo o processo precisa ser concluído para que a atuação médica possa ser realizada dentro da legalidade”, disse o CRM em nota.

De acordo com o boletim de ocorrência, o médico plantonista estaria atendendo na unidade de saúde. Ainda segundo informações, o médico teria receitado uma dose alta a uma criança de 5 anos, o que levantou suspeitas, e então, houve a denúncia.

Foram feitas pesquisas no CRM e nenhuma inscrição do médico foi localizada, como também nenhum número vinculado foi encontrado. O presidente do Hospital Elmíria Silvério Barbosa, Jacob Breure, afirmou que o médico em questão atua como “estagiário” e com acompanhamento de outro médico como supervisor.

Além disso, acrescentou que o brasileiro de 46 anos é um bom profissional e que atuou por muito tempo na Argentina, além de hospitais em Maracaju e em Campo Grande. Ele ainda disse que o CRM deu um prazo para conseguir o registro definitivo.

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