Uma reviravolta na morte da detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, no último sábado (19) chocou a todos em Dourados (MS). O SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, unidade responsável pela investigação, descobriu que o assassinato teve o envolvimento de quatro pessoas, inclusive de Givaldo Ferreira Santos, de 62 anos, marido da vítima e mandante da execução.
Segundo o SIG, William Ferreira Santos, de 25 anos, foi quem matou a detetive com um tiro na cabeça em um matagal no Jardim Esplanada, bairro da região sul de Dourados, afastado do perímetro urbano. Ele foi preso no Mato Grosso a caminho de Jaciara, cidade onde tem familiares, e deve ser encaminhado para Dourados.
Zuleide da Rocha foi atraída até o local do crime após receber uma ligação de Sueli da Silva, de 52 anos, que é “mãe de santo” e suposta mentora espiritual de Givaldo Santos. Ela foi presa em Rio Brilhante (MS) durante trabalho conjunto das polícias civil e militar e levada para Dourados.
Quando foi morta no último sábado, a detetive estava acompanhada de um sobrinho de 7 anos. Conforme o SIG, depois do crime, José Olímpio de Melo Júnior, de 32 anos, foi quem capturou o menino e o abandonou em um contêiner perto do local.
Na sequência, os criminosos fugiram com o veículo da vítima, uma picape Montana. José Olímpio foi preso pelos investigadores em um escritório de contabilidade onde trabalhava em Dourados. Givaldo Santos também foi encontrado no começo da noite de ontem (22) e foi ouvido pelo delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG.
A motivação do crime ainda não foi divulgada. O delegado ainda investiga a possível participação de uma quinta pessoa no assassinato. Por enquanto, não há indícios de que Givaldo Santos tenha pago dinheiro pela execução. A Polícia começou a desconfiar do marido porque ele demonstrou frieza e tinha álibi tanto para a sexta-feira (18) quanto para o sábado (19), dia do crime.
Segundo o delegado, ainda não está clara a motivação do assassinato, mas suspeita-se que seria por conta de desentendimentos do casal por questões financeiras. Ele tinha descartado a hipótese do crime se tratar de um latrocínio (roubo seguido de morte), já que o carro da vítima foi encontrado abandonado ainda na noite de sábado, no município de Laguna Carapã.
A Polícia desvendou o caso a partir de anotação com número de celular encontrado no carro de Zuleide Rocha. O número seria da mulher que entrou em contato com a detetive afirmando estar interessada em contratar os serviços profissionais dela, mas se tratava apenas de artimanha para atraí-la para a emboscada. O depoimento de uma testemunha que procurou a polícia também ajudou a chegar aos culpados. Com informações do site Campo Grande News