Segundo informações repassadas pela assessoria da PM, o inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído, prorrogáveis por mais 30 dias, e, enquanto isso, Adriano de Figueiredo continua trabalhando normalmente no Comando da PMR de Paranaíba. O crime aconteceu em um restaurante e o 2º tenente PM foi preso pelo marido da vítima, o delegado de Polícia Civil Igor Mendes de Faria.
A delegada Eva Maira Cogo disse no dia que se sentiu muito constrangida e invadida com o que aconteceu, contando que trabalha na área há oito anos e que já atuou em diversas investigações envolvendo assédios e importunação sexual, mas que nunca se imaginou passar por tal constrangimento. A vítima relatou que estava com o marido no restaurante e que ficaram por cerca de 30 minutos.
Ele foi até o caixa para pagar a conta, momento em que o comandante da PMR se aproximou e disse: “Faz marquinha e fica aí tentando esconder”. Logo em seguida passou a sorrir de forma maliciosa e, sem entender, a delegada questionou o que ele tinha dito e o homem repetiu, olhando em direção às suas partes íntimas.
Ainda segundo a delegada, ela estava de calça jeans e blusa e, mesmo que não estivesse, não tem justificativa para tal ato. Eva Maira Cogo ainda afirmou que se o comentário não fosse de cunho libidinoso, assim como expressão libidinosa, teria achado inoportuno, porém, não teria causado constrangimento. A delegada, então, perguntou o nome do suspeito, mas ele se negou a falar.
O marido dela chegou e questionou o que estava acontecendo, quando a mulher contou o que o homem tinha dito, sendo negado pelo autor. Adriano de Figueiredo afirmou que era comandante da PMR e que não tinha dito nada à mulher, debochando da situação.
O marido da delegada deu voz de prisão ao homem por importunação sexual. Já no percurso até a delegacia, o comandante da PMR afirmou que apenas teria cumprimentado a delegada. Na delegacia, ao ser questionado pelo delegado sobre o porquê de a esposa estar inventando tal situação, o 2º tenente PM respondeu: “Vai tomar no c…”.