O corpo de um homem de cerca de 40 anos de idade e com 43 perfurações de projeteis de arma de fogo foi encontrado parcialmente enterrado em uma área rural do Mafusi, colônia do Distrito de Zanja Pytá, a cerca de 8 quilômetros do centro de Pedro Juan Caballero, no Departamento de Amambay, na fronteira do Paraguai com o Brasil, pela cidade de Ponta Porã (MS).
O corpo foi desenterrado após residentes de Mafusi relatarem que na noite de sábado (29) tinham ouvido dezenas de tiros. Na tarde de domingo (30), vários moradores da área encontraram uma sepultura com terra recém-mexida e eles chamaram a Polícia.
Os agentes da Polícia Nacional do Paraguai, uma vez no local, passaram a desenterrar o corpo e foi grande a surpresa quando encontraram o corpo ensanguentado de um homem de pela branca e com dezenas de buracos de bala em várias partes do corpo.
Imediatamente, os policiais chamaram ao local os peritos forenses Katia Uemura e Frederick Marcos Vera Prieto, que examinaram o cadáver e observaram que a vítima tinha morrido há cerca de 36 horas. Eles encontram um total de 43 balas de 9 milímetros em várias partes do corpo do falecido.
A identidade da vítima é desconhecida medida em que não foi encontrado nenhum documento nos bolsos da roupa que carrega o falecido. Presume-se que o homem assassinado seria de nacionalidade brasileira, uma vez que não foi possível obter a sua identidade com o sistema AFIS utilizado pelos policiais. Katia Uemura informou que levaria o corpo para o necrotério do hospital regional à espera de ser identificados.
Outra morte
Também na fronteira do Paraguai com o Brasil, mais precisamente em Bella Vista Norte, vizinha à cidade sul-mato-grossense Bela Vista, foi identificada a vítima de execução ocorrida na noite de sábado (29) em uma rua do Bairro Aviação. Trata-se de Jorge Luis Valiente González, conhecido como “Tiky”, 36 anos, de nacionalidade paraguaia e que tinha um mandado de prisão por crimes e ameaça de exposição ao tráfego rodoviário.
A vítima foi surpreendida por dois homens armados em uma motocicleta, que, depois de ultrapassar o já falecido, fizeram dezenas de tiros com uma pistola calibre 9 mm antes de fugirem. Os agentes da Polícia Nacional do Paraguai que foram até o local da execução descobriram que Jorge Luis Valiente González morreu instantaneamente.
Ainda de acordo com os agentes, dadas as características do crime, parece que esse novo assassinato seria um acerto de contas entre as facções do crime organizado da fronteira. O chefe de Polícia, curador-geral Wálter Gómez, comanda as investigações destinadas a esclarecer o fato.