Conta outra! Preso por pedofilia, dentista disse que assistia vídeos para “orientar suas duas filhas”

Preso ontem (31) pela Polícia Civil pelo crime de pedofilia, o dentista Marcelo Arruda, 52 anos, disse que armazenava vídeos de pornografia infanto-juvenil por “curiosidade” e para que pudesse “orientar” suas filhas sobre abuso sexual infantil. De acordo com a delegada titular da DEPCA (Delegacia Especializada na Proteção à Criança e ao Adolescente), Fernanda Mendes, o pedófilo confirmou que baixava e depois deletava os vídeos.

“Nada impede, com um processo muito simples, a recuperação do material deletado. Ele responderá por dois crimes independentes que são o armazenamento e a distribuição de material de abuso-infanto juvenil e é um crime permanente”, esclareceu a delegada, completando que, até o momento, a perícia no material apreendido já localizou mais de 200 vídeos de abuso sexual de crianças.

Também foram encontrados vídeos pornográficos envolvendo mulheres e zoofilia, que não configura crime, apesar dos maus-tratos com animais. O acusado mantinha todo o material armazenado em seu computador e ainda o disponibilizava por meio de uma rede P2P para que outras pessoas tivessem acesso aos vídeos.

A Polícia Civil investiga Marcelo Arruda há cerca de seis meses, mas a perícia constatou que seu computador tinha o aplicativo Emule, que serve para o compartilhamento de arquivos e materiais desde 2010. A audiência de custódia será nesta quarta-feira (1º), mas, no auto de prisão em flagrante já foi pedida a prisão preventiva do investigado.

A delegada lembra que independente da justificativa dada pelo homem ainda configura um crime gravíssimo porque se tem quem consome há, também, quem produz esse material, então, crianças são fisicamente abusadas para que outras pessoas possam consumir esse material.

Apesar de atender crianças e adolescentes em seu consultório, não há relato de possíveis abusos sexuais físicos contra qualquer criança. A secretária da clínica onde o acusado atendia confirmou para a Polícia que todas as consultas eram feitas com os pacientes acompanhados por algum responsável. Dessa forma, não houve necessidade de chamar os pacientes para depor.

O compartilhamento do material de pedofilia tem pena prevista de três a seis anos e para o crime de armazenamento a pena pode variar de um a quatro ano. Dessa forma, a pena do acusado pode chegar a 10 anos de prisão, o que pode aumentar já que cada vez que ele compartilha um vídeo deste teor configura um crime autônomo.

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