O ministro Rogerio Schietti Cruz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), cobrou explicações oficiais do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, sobre como o empresário campo-grandense Jamil Name, 82 anos, preso desde o dia 27 de setembro de 2019 sob a acusação de chefiar milícia armada responsável por várias execuções em Mato Grosso do Sul, foi contaminado por Covid-19. Ele está há 15 dias com a doença e encontra-se entubado em hospital de Mossoró, onde aguarda condições de saúde para ser transferido para um hospital em Brasília (DF).
Na determinação, Rogergio Schietti quer urgência na explicação do diretor responsável pelo Presídio Federal e ainda exige saber quantos casos de Covid-19 foram registrados dentro da unidade prisional, entre agentes e presidiários. Além disso, ele cobra quais são as hipóteses da contaminação do octogenário e quais cuidados foram tomados dele para a doença, já que o preso estava em regime de isolamento e, portanto, não teria contato com outros internos.
A defesa de Jamil Name informa que a direção do presídio permitia que o “banho de sol” fosse coletivo e isso pode ter facilitado o contágio do cliente. Além disso, ainda de acordo com os advogados do octogenário, o cliente tinha contato diário com os agentes penitenciários, o que pode ter facilitado a contaminação por Covid-19. Com informações do jornal Correio do Estado