Em depoimento na Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), o adolescente de 15 anos que esfaqueou uma advogada de 45 anos em frente à Escola Municipal Bernardo Franco Baís, em Campo Grande (MS), contou que esperou a mãe sair para trabalhar e pegou as facas para cometer o crime.
Ele ainda revelou que acordou cedo, se arrumou e esperou a mãe sair para trabalhar, quando foi até a cozinha e pegou cinco facas, além de uma marreta e foi em direção à escola. O adolescente ainda falou que teria visto os abusadores indo para a quadra de esportes e, por isso, tentou entrar na unidade escolar.
Durante depoimento, o adolescente repetiu discursos de jovens que cometem este tipo de crime. O garoto revelou no depoimento que foi estuprado dentro do banheiro da escola por três alunos, no ano passado, e, por isso, teria ido cometer o crime. Uma advogada de 45 anos foi esfaqueada nas costas ao tentar impedir o ex-aluno de entrar na escola com facas.
O secretário municipal de Educação, Lucas Bittencourt, disse na manhã desta sexta-feira (19) que não tinha conhecimento sobre o caso de estupro que o adolescente havia sofrido na escola. Ele falou que nada foi registrado em Ata sobre o caso de estupro do adolescente e existe um grupo de psicólogos para atender a escola, mas que não fica sempre na unidade escolar.
A Escola Municipal Bernardo Franco Baís já tinha um guarda municipal de plantão, antes do lançamento de um plano de segurança escolar, feito pela prefeitura de Campo Grande no início de abril. Não havia registro de violência na escola há 15 anos e era considerada segura pela segurança municipal. Por isso, a escola não foi classificada como vulnerável pela prefeitura no mês passado, quando foram designados guardas municipais para 110 escolas.