Puccinelli segue na mira da Coffee Break, mais uma ação de improbidade administrativa. O político estava escalado para abrir a etapa de audiências na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos em 18 de maio, mas uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) o livrou de prestar depoimento. Já em 16 de junho, o STJ manteve Puccinelli como réu na Coffee Break.
A etapa de audiências foi encerrada no dia 23 e aberto prazo de 60 dias úteis, contado a partir de 24 de junho, para as alegações finais do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Depois, serão mais 60 dias úteis para as alegações das defesas. O prazo normal era de 15 dias, mas o período maior foi acordado entre os promotores e advogados.
De acordo com o juiz David de Oliveira Gomes Filho, o processo deve voltar para a sentença só em 2022. “Acredito que no segundo semestre tenha sentença. O processo é muito longo, com muitos réus e advogados. Foram 31 horas de gravação de depoimentos. É bem trabalhoso e os outros processos não param”, afirma o magistrado.
Políticos e empresários – A lista de réus tem empresários, como João Amorim e João Baird; vereadores, ex-vereadores.
A operação Coffee Break foi realizada em 25 de agosto de 2015 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), subsidiada por áudios da operação Lama Asfáltica, da Policia Federal. A ação também pede indenização de R$ 25 milhões por danos morais coletivos.
Apontado como um dos articuladores da cassação de Bernal, o vice Gilmar Olarte negou, terminantemente, ser o “Goiano” citado nas conversas com João Amorim.
Admitindo ter se preparado para assumir o cargo quando “burburinhos” de impeachment começaram a acontecer, ele negou ter feito acertos políticos em troca de votos contra Bernal. Mas assumiu que houve conversas.
“Acerto político, não. Conversas sempre há. Isso aconteceu com Temer, Itamar. Vice tem obrigação de se preparar”, disse Olarte, que está preso.
JáAlcides Bernal afirmou que cassação serviu para abrir os olhos da população e tirar do poder quem faz a má política. “Desses que participaram dessa cassação criminosa, dois ou três ainda estão no poder, dois já morreram e o Gilmar Olarte está na cadeia. A Justiça é só uma questão de tempo”. O ex-prefeito segue inelegível.
No interrogatório do empresário João Amorim, o magistrado quis saber dos áudios de telefonemas coma expressão “tomar um cafezinho”, apontada na acusação como disfarce para combinar o pagamento de propinas.
Amorim negou e disse que chamar as pessoas para tomar um café, um tereré, é rotina na vida das pessoas. Com infos CGNews.