Charada da Semana: Quem defende a cidade… ou defende o seu quintal?

 

Charada da Semana: Quem defende a cidade… ou defende o seu quintal?

📣 Atenção, comunidade! A farsa precisa ser exposta!

No calor das eleições passadas, alguns candidatos surgiram como os paladinos da cidade sem prédios, bradando aos quatro ventos que iriam proteger a paisagem, a tranquilidade, o “estilo de vida campo-grandense”. ✨Mas bastou acabar a apuração, e junto com os votos, evaporaram também os discursos.

Charada: O que some após perder a eleição, leva consigo promessas de proteção urbana, mas deixa rastros de interesses particulares no lugar de argumentos técnicos?

Sim, ele mesmo: o falso defensor da cidade.

Os tais “protetores do patrimônio urbano” mostraram, após as urnas, que o verdadeiro patrimônio que defendiam era o próprio. Não queriam prédio perto? Claro… pra não arriscar desvalorizar o terreno da família. Contra condomínio? Óbvio… porque não querem vizinhos “diferentes” por perto. Era amor pela cidade? Não, era apego ao status do CEP!

💥 E tem mais! Um deles, inclusive, hoje responde por mau uso de verba de campanha e, como num passe de mágica, sumiu da defesa do bairro e do discurso. Foi-se a máscara, ficaram os rastros: vínculos com entidade de fachada e um histórico que envergonha até o mais experiente cabo eleitoral. Tem até diretor de TV, que na ânsia de vender sua casa pelo melhor preço, entrou na briga. Afinal, valorizar o patrimônio é o principal, e dane-se o compliance da empresa.

Mas a novela ganhou um novo capítulo —  porém o roteiro é o mesmo.

Agora a “defesa” da área do Parque dos Poderes reacende a chama… mas o fogo é outro: moradores ilustres, residentes em imóveis de alto luxo encostados no Parque, servidores públicos com cargo alto, até figurões de órgão que deveria ser fiscalizador e  que moram a 100 metros da área verde, voltam a vestir a capa de defensor. Só que nos bastidores, o script é claro: não querem sombra no quintal, querem continuar escolhendo quem pode ou não morar ao lado.

Nos bastidores do movimento, atua também um raivoso servidor de alto escalão do governo, que, fazendo a boa defesa ambiental exclusiva de sua casa, comprou a briga para si e promete mover céus e terra, com seu cargo público, para barrar empreendimentos.

O que estão criando é um apartheid social e imobiliário.

Será que é justo o entorno do Parque ser só dos ricos?
Os trabalhadores comuns, que batem ponto nos órgãos sediados no Parque dos Poderes, por exemplo, não podem ter acesso à moradia na região?
O Parque dos Poderes vai ser a ‘ilha dos milionários e poderosos’ que escolhem seus vizinhos?

🕵️‍♂️ Enquanto isso, moradores comuns, preocupados com a cidade e buscando entender o processo, são usados como massa de manobra nesse teatro de interesses travestidos de preocupação ambiental.

Fosse essa uma discussão séria, tais agentes públicos deveriam se declarar em suspeição e não utilizar do cargo (e seu custo como dinheiro público) para essa defesa, como protagonistas, por conta do seu crachá. Deveriam sim, enquanto cidadãos, estar participando da discussão como os demais, não ocultando que são vizinhos, e assim evitar de comprometer o movimento.

Fica claro aí, que a defesa não é, na verdade, do coletivo, mas de interesses unicamente pessoais.

🚨 A comunidade precisa saber: isso não é proteção ao meio ambiente, é proteção ao privilégio!

Então a pergunta que não quer calar:

💣 Quem diz defender a cidade… novamente está só defendendo o próprio conforto?