Com prejuízo calculado, em razão das fraudes e das propinas pagas, levando-se em consideração todas as seis fases, já ultrapassando os R$ 432 milhões, o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB), participa, nesta terça-feira (27), em Mato Grosso do Sul, da Operação Computadores de Lama.
Essa operação consiste no cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva; 25 mandados de busca e apreensão; além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas nas cidades de Campo Grande (MS), Jaraguari (MS), Dourados (MS) e Paranhos (MS). O trabalho conta com a participação de 17 auditores da CGU, 100 policiais federais e 33 servidores da Receita Federal. Em Campo Grande, equipe está no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), no Parque dos Poderes.
Trata-se da 6ª fase da Operação Lama Asfáltica, iniciada em 2015, e tem como propósito desarticular organização criminosa, formada por empresários e agentes públicos, especializada em desviar recursos federais mediante fraude em licitações e superfaturamento na execução de contratos com o Governo do Estado. O grupo tem atuação, entre outras áreas, no ramo de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, limpeza urbana, prestação de serviços de informática e produção gráfica.
A Computadores de Lama decorre da análise dos materiais apreendidos, fiscalizações, exames periciais e diligências realizadas nas cinco fases anteriores. Nesta nova etapa, as investigações se concentraram na remessa clandestina de dinheiro para o exterior realizada por proprietários de empresas de informática, que venciam as licitações por meio de direcionamento. A força-tarefa identificou, ainda, simulação de contratos; aquisição fictícia ou ilícita de produtos; e utilização de “laranjas” para ocultação patrimonial.