O advogado Renato Cavalcanti Franco, que atua na defesa de Christian Campoçano Leitheim, padrasto acusado de estuprar e matar a enteada Sophia Ocampo, de 2 anos, já foi preso por pedofilia, em outubro de 2020, durante a deflagração da 3ª fase da Operação Deep Caught feita pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Segundo o site Midiamax, o advogado foi preso na sua casa, em Campo Grande. Ele ainda lecionava como professor substituto desde 2018, em uma universidade de Campo Grande.
Na residência, os policiais encontraram arquivos no notebook e celular do advogado com cenas de sexo com crianças e adolescentes. Foram encontrados mais de 100 gigabytes de material pornográfico no dia da operação.
Renato Cavalcanti, que também é militar reformado, explicou, na época de sua prisão, que tinha encontrado os materiais para uma pesquisa acadêmica de seu TCC em 2018, onde iria dissertar sobre crimes sexuais, mas acabou não apresentando o trabalho.
Depois disso, ele afirmou que não mexeu mais no programa, deixando o dispositivo em seu computador. Os filhos do advogado chegaram a ser ouvidos em depoimento especial, quando o pai foi preso e não relataram nenhum tipo de toques, ou tipos de abusos.
Após a sua prisão, a defesa entrou com pedido de liminar para a revogação de sua prisão e o advogado foi solto, no dia 16 de março de 2021, com habeas corpus. Já no dia 31 de maio de 2021, ele foi denunciado por pedofilia pelo MPF (Ministério Público Federal).
O advogado teria tido a sua inscrição no Estado cancelada após todo o processo em que foi preso por pedofilia. O cancelamento teria ocorrido em 2022.
O advogado, que está solto desde março de 2021, também tem outra inscrição na OAB/SC – utilizada para fazer a defesa do padrasto de Sophia.
O outro advogado de defesa do padrasto de Sophia Ocampos, Willer Souza Alves, foi retirado durante audiência de instrução e julgamento ocorrida no dia 19 deste mês, no Fórum de Campo Grande. Ele discutiu com o juiz Carlos Alberto Garcette ao dar um copo d’água para uma testemunha durante o depoimento dela.
A testemunha prestava depoimento e respondia às perguntas do juiz, quando começou a se emocionar e chorar no plenário. O advogado Willer, do padrasto de Sophia, teria passado em frente do magistrado e entregue um copo d’água para a mulher.
O juiz teria dito ao advogado que era permitido que ele fizesse apenas a função de defesa durante a audiência, e explicou que o copo de vidro não era permitido para as testemunhas. O advogado teria falado que “poderia fazer a função que quisesse, de advogado ou copeiro”, quando foi advertido pelo juiz.
Então, o magistrado pediu para que os policiais militares que acompanham as audiências, retirassem o advogado, que no primeiro momento se negou. O outro advogado, Pablo Gusmão, ainda teria tentado amenizar a situação, e também foi retirado do Plenário.