Um dos alvos de operação da Polícia Federal para desarticular organização criminosa na sonegação de impostos, o empresário José Carlos Lopes, mais conhecido como Zeca Lopes, dono de frigorífico em Terenos (MS), é acusado de quatro crimes de estupro de vulnerável e, mesmo assim, há mais de um ano o caso está parado no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), sem qualquer tipo de movimentação no processo.
O Blog do Nélio questiona o porquê disso, afinal, são acusações sérias e com base em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça. Esses áudios mostram conversas entre a cafetina Rosedélia Alves Soares, mais conhecida como “Rose”, acusada de aliciar adolescentes para a exploração sexual, e o empresário Zeca Lopes, negociando, claramente, encontros com garotas menores de idade.
De acordo com a denúncia, Zeca Lopes cometeu o crime de estupro de vulnerável contra duas meninas, de 11 e 13 anos de idade, repetidas vezes. Sexo com menores de 14 anos é considerado estupro mesmo que haja o consentimento da adolescente. Ele foi indiciado no esquema de escândalo sexual em 2015 e chegou a dizer que não saia com mulher casada.
Depois das denuncias o TJMS chegou a suspender o andamento do processo, mas, em seguida a medida foi suspensa e de lá para cá nenhuma resposta até agora para a sociedade. Lopes, de acordo com as investigações do escândalo sexual, era cliente de cafetinas que atraiam menores à prática da prostituição.
Em um dos casos, ele teria acertado ir até um motel de Campo Grande, onde se encontraria com uma adolescente. Lá, a vítima, uma menina de 10 anos de idade, segundo depoimento dela mesma, teria tirado a roupa por ordem do empresário, pelo valor de R$ 400.
O denunciado nega que tenha tocado na menina, o que para o STJ (Superior Tribunal de Justiça), é ‘irrelevante’, já que a Corte considerou dispensável o contato físico para caracterizar crime de estupro de vulnerável. O Blog do Nélio já tinha alertado que o apoio ou a inoperância das autoridades, indo do Ministério Público, que pouco fez ou nada faz, até a Justiça, que em suas decisões propositadas, acaba atrapalhando o andar dos processos.
A que se destacar que nesses dois órgãos, poucos são os frutos podres, mas existem. A conversa agora é que a “mala preta” andou desfilando na região do Parque dos Poderes, por isso então, tudo estaria dominado. Porém, o Blog do Nélio vai continuar a revirar esse caso até que a verdade apareça e não fique sob o manto do sigilo de Justiça, que em certos casos acaba encobertando canalhas e suas “malas pretas”.