A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke, candidata à Presidência da República pelo União Brasil, está em mal lençóis. De acordo com o site O Jacaré, a “nobre” candidata, que foi eleita de carona na onda de Jair Bolsonaro em 2018, pagou R$ 12,4 milhões à empresa D22 Comunicação, criada no dia 8 de agosto deste ano e com capital social de apenas R$ 10 mil, conforme a Receita Federal, para comandar a sua campanha eleitoral.
Apesar de ter recebido “apenas” R$ 15,5 milhões do União Brasil, Soraya já contratou R$ 33,274 milhões em despesas na atual campanha eleitoral, conforme informações disponibilizadas no portal do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A maior parte dos gastos, R$ 21,294 milhões, será destinado para a produção de programas eleitorais para TV e rádio.
O caso ganhou repercussão nacional com a nota publicada pela Revista Veja: “O curioso ‘cheque’ de R$ 12 milhões da candidata Soraya Thronicke”. A D22 Comunicação SPE Ltda. recebeu R$ 12,4 milhões para a produção de programas eleitorais da senadora caroneira. De acordo com a revista, a produtora pertence a Andrea Duraes Sader, que foi responsável pela campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) em 2014.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a candidata Soraya Throncike explicou porque a empresa foi criada recentemente. “O fato de a D22 ter um CNPJ recente é porque se trata de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) – prática comum em empresas que prestam serviços em campanhas eleitorais – o serviço é prestado apenas por um período específico. No caso de Soraya, em 2022”, esclareceu.
“Para se ter uma ideia, a mesma sócia da D22 criou em 2018 a D18, para que a mesma prestasse serviço à campanha do candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, no valor de R$ 15 milhões – maior do que o apresentado para o União Brasil, como se pode também verificar no site do TSE”, afirmou.
“Por fim, a empresa passou por um rigoroso compliance por parte do União Brasil, atestando toda a regularidade do processo”, informou. A senadora ainda contestou a matéria publicada pela revista. “Não é verdade que a campanha usou um cheque para pagar a produtora D22, contratada para a produção dos materiais audiovisuais de sua campanha. Todos os presidenciáveis, incluindo Soraya, utilizam transferência bancária para suas despesas de campanha”, rebateu.
“Também não é correto comparar as despesas de produção de filmes e materiais para rádio de uma campanha com verba destinada ao impulsionamento de mídia nos veículos como Facebook e Google. São produtos completamente diferentes”, esclareceu.
“Não menos importante: os valores destinados à produtora são de mercado. Numa simples verificação no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é possível verificar que campanhas de anos anteriores destinaram valor similar ou maior”, concluiu.
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