Bastou o Blog do Nélio divulgar que tinha algo de estranho no edital para contratação de empresa de vídeo que será responsável pela transmissão e gravação das sessões ordinárias, extraordinárias e especiais da Câmara de Vereadores de Campo Grande, incluindo as audiências públicas a serem realizadas pela Casa de Leis, para que o presidente João Rocha determinar a suspensão do certame.
Segundo informações repassadas, apenas quatro produtoras se interessaram pelo edital e, depois de desqualificadas as três primeiras por falta de um ou outro documento, a quarta se retirou do nada, levando consigo sua habilitação, pois provavelmente por estar irregular. Moral da história: o edital está suspenso até nova data a ser agendada pelo “nobre” presidente da Casa de Leis, vereador João Rocha.
Entenda o caso
Na segunda-feira, o Blog do Nélio publicou que a Câmara de Vereadores de Campo Grande abriria, ontem (22/05), um edital para a contratação de uma produtora de vídeo para atender as necessidades da Casa de Leis. Até aí tudo bem, certo? Errado, pois, de acordo com denúncia, o suposto edital estaria com cartas marcadas.
Isso mesmo, já colocaram sob suspeita a licitação para a escolha da nova responsável pelo serviço, que, conforme a denúncia, teria sido elaborado com visíveis sinais de favorecimento para uma determina firma.
O tal edital, informam as fontes que encaminharam a denúncia ao Blog do Nélio, determina que, após um ano de vigência do contrato assinado com a vencedora do certame, todo o equipamento então colocado pela produtora campeã passará a pertencer à Câmara de Vereadores.
Além disso, para a contratação de empresa de vídeo responsável pela transmissão e gravações da Casa de Leis, o edital obriga os pleiteantes a terem contrato com engenheiro para poder participar. O motivo alegado é a reforma de três ambientes no piso superior do plenário da Câmara Municipal.
O pregão também não abre possibilidades para empresas do ramo de construção nem móveis. Muito menos para lojas de equipamentos. Tudo isso onera ainda mais o cofre público e oculta uma possível armação.
Ou seja, por uma média de R$ 156 mil ao mês, a Câmara de Campo Grande quer jogar nas costas de uma produtora a compra de equipamentos, móveis, reforma, engenharia, arquitetura e funcionários.
A denúncia já chegou ao Ministério Público, no entanto, até os promotores de Justiça resolverem se movimentar o certame terá terminado e o favorecimento estabelecido. Fica mais difícil, não é mesmo?