A Polícia Civil informou ontem (8) que, entre janeiro e junho deste ano, o Estado deixou de arrecadar R$ 28 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o que representa um prejuízo de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao furto de energia elétrica.
Segundo o delegado-geral-adjunto Márcio Faria Custódio, nos primeiros seis meses deste ano foram realizadas 16 operações em 14 municípios, com maior efetivo nas cidades de Corumbá e Campo Grande. Nessas duas cidades, foram identificados 321 pontos de fiscalização, dos quais mais de 114 foram vistoriados.
Conforme os dados divulgados, 88 pessoas foram encaminhadas para a delegacia. Em Corumbá e Campo Grande, foram vistoriados 97 locais, resultando em nove prisões.
O representante da Energisa, Jonas Ortiz, os números apresentados demonstram a necessidade urgente de intensificar o combate a esse problema.
Para se ter uma ideia, conforme ele, em 2023 foram detectados 6.900 casos de desvio ou fraude de energia elétrica e, somente nos primeiros seis meses deste ano, já foram registrados 4.200 casos, o que representa um aumento de 60% em relação ao ano passado.
Buscando outros meios para auxiliar na investigação, o delegado adjunto da Polícia Civil relatou que as fraudes estão cada vez mais sofisticadas, exigindo um esforço contínuo em tecnologia para intensificar o combate ao crime.
“As fraudes estão cada vez mais elaboradas, por isso as investigações representam um grande desafio para as equipes da polícia e da Energisa”, disse o delegado Márcio Faria Custódio.
Os responsáveis pelos crimes de furto ou desvio de energia foram submetidos aos procedimentos legais cabíveis. Caso sejam julgados, poderão responder pelos crimes de furto e processos criminais que serão respondidos em liberdade.