Depois de terem optado pelo caminho mais fácil de legislar apresentando um total 40.289 indicações à Prefeitura, fazendo as mais inusitadas solicitações, agora os vereadores de Campo Grande tiveram mais um duro golpe: foram vetadas pelo Executivo municipal 321 das 422 emendas apresentadas por eles ao Plano Plurianual (PPA) e à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018.
Entre as emendas estão a construção de portais nas entradas de Campo Grande, implantação de sistema eletrônico online de processos e requerimentos administrativos da Prefeitura, numeração e remuneração dos imóveis residenciais e comerciais da cidade, entre outros, tudo muito útil para a população Campo-grandense.
Os pedidos dos parlamentares ao PPA – válido até 2021 – ainda previam asfaltar maioria dos bairros da cidade, instalar pontos de ônibus climatizados movidos a energia solar, implantar o Museu da Imigração Japonesa, entre outras coisas. Porém, mais de 60% das emendas apresentadas foram vetadas pelo prefeito.
Algumas das emendas não tiveram previsão orçamentária sugerida e outras são ações já realizadas pela Prefeitura, de acordo com as justificativas aos vetos publicadas ontem no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).
No total, o PPA teve 321 emendas apresentadas pelos vereadores, mas 212 – ou 60% – foram vetadas.
A Prefeitura alega que não se trata de veto político, mas técnico, pois muitas emendas não podem ser atendidas por falta de recursos. Porque alguém tem que pagar e no projeto de lei não tem previsão do impacto financeiro, de onde o recurso será tirado. Tudo foi analisado pelas secretarias envolvidas, com parecer da Secretaria de Finanças e da Procuradoria-Geral do Município.
Na prática, eram pedidos mirabolantes que não levaram em conta as condições financeiras da Prefeitura. Tal qual como foram feitas as indicações nas 77 sessões ordinárias realizadas no primeiro ano da 10ª Legislatura. Ou seja, essa “nova” turma é mais da mesma que já estava e continua no poder, pensando no próprio umbigo e seja o que Deus quiser.