O narcotraficante brasileiro Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como “Minotauro”, que está foragido da Justiça do Brasil e tem eliminado a “concorrência” para assumir o controle do crime organizado na região de fronteira do Paraguai com o Brasil, seria o responsável pela execução da advogada Laura Marcela Casuso, 54 anos, que fazia a defesa dos também narcotraficantes brasileiros Jarvis Chimenes Pavão e Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, mais conhecido como “Marcelo Piloto”.
Conforme a Polícia do Paraguai, o motivo para a execução ocorrida na noite de segunda-feira (12) na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), pode ser uma suposta queima de arquivo. O comandante Bartolomé Gustavo Báez López, o subcomandante Luis Pablo Cantero e os diretores gerais Walter Vázquez e Abel Cañete falaram com a imprensa sobre as investigações do caso e não descartaram outras causas para a morte da advogada.
O fato de a advogada ter exercido por uma década a defesa de Jarvis Chimenes Pavão, extraditado para o Brasil, também pode ser um motivo, já que os bens confiscados do traficante ainda estão em litígio na Justiça. Porém, a Polícia trabalha com a hipótese de Minotauro seja realmente o mandante da execução de Laura Casuso, que ainda disputa o controle da fronteira do Paraguai com o Brasil com as facções criminosas ligadas a Pavão e Marcelo Piloto – PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), respectivamente.
No entanto, a Polícia deu a entender que os pistoleiros que mataram a advogada Laura Casuso em Pedro Juan Caballero não seriam profissionais por causa da maneira improvisada que agiram, cobrindo o rosto com uma camisa e usando pistolas ao invés de fuzis. O crime foi perpetrado por um grupo que utilizou uma caminhonete Toyota Hilux de cor preta que foi roubada no Brasil e também há a suspeita de que eles seriam policiais brasileiros.