Se a situação do PSL em Mato Grosso do Sul já era ruim, agora ficou ainda pior com as declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, em conversas com jornalistas sobre diversas questões, incluindo o ato nacional de filiação promovido pela sigla neste sábado (17), sinalizando que está disposto a não ficar refém do partido e que deseja manter distância dos oportunistas como são conhecidos o que foram eleitos na chamada onda “bolsonarista”.
Bolsonaro deixou claro, em sua entrevista, que não tem participação nenhuma no ato de filiação a ser promovido neste sábado, o que, em Mato Grosso do Sul, caiu feito uma bomba, já que o nome dele foi usado como “garoto-propaganda” pela senadora Soraya Thronicke, pelo deputado federal Loester Trutis e pelo deputado estadual Capitão Contar em postagens nas mídias sociais, convidando para o evento em vários municípios.
A utilização de sua imagem, ao que tudo indica, foi iniciativa do trio e não do presidente República, que se mostrou categórico ao responder que até se recusou a gravar vídeo conclamando as pessoas para a filiação, o que, sem dúvida, teria um apelo muito forte. “Não vou gravar. Resolvi não gravar; não entrar na questão político-partidária. Eu sou também presidente de todos os partidos”, afirmou Bolsonaro.
Além disso, as declarações de Bolsonaro acabam por confirmar o que todo mundo já sabia aqui em Mato Grosso do Sul, ou seja, que o PSL local pertence ao trio formado pela senadora Soraya Thronicke, pelo deputado federal Loester Trutis e pelo deputado estadual Capitão Contar. Esse último, por sinal, já “engoliu” o colega deputado estadual Coronel David e, inclusive, lançou a pré-candidatura à Prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2020, que era um desejo antigo de David.
Sabendo disso, o parlamentar, que não faz parte da Executiva do PSL, já avisou que não comparecerá ao evento de filiação ao partido programado para este sábado, em Campo Grande. “O meu partido é o presidente Jair Bolsonaro”, comentou o Coronel David. “Não fui convidado, mas desejo boa sorte a eles”, complementou.
Depois disso tudo, uma coisa é óbvia: o futuro da sigla no Estado está literalmente com os dias contados e o trio de ferro pode acabar tendo de descascar o abacaxi sozinho.
Vai vendo!!!