Balanço da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) revelou que a prefeita de Campo Grande (\MS), Adriane Lopes (PP), castor 57,73% de sua receita corrente líquida, R$ 3,022 bilhões \com folha de pagamentos nos últimos doze meses, com R$ 185 milhões acima do limite.
Os números seriam apresentados esta manhã para a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores, como determina a LRF, que exige os balanços a cada período.
A secretária de Fazenda, Márcia Hokama, até foi à Casa, entretanto os vereadores decidiram adiar para a próxima terça-feira a análise dos números, porque não tiveram tempo hábil de conhecer o relatório.
A decisão foi informada pelo presidente, Otávio Trad (PSD), logo após abrir a sessão. Ele ressaltou que não havia atraso na publicação, mas que era preciso conhecer as informações para melhor proveito da apresentação da titular da pasta de finanças.
Desde o começo do ano, a Prefeitura tem apresentado medidas para enxugar despesas, como custeio e até pagamento de adicionais e a exclusão de temporários do plano de saúde. O desafio é melhorar o score das contas públicas para poder contar com a União como fiadora em financiamentos para investimentos e obter juros menores.
Conforme o relatório, em agosto, a folha somou R$ 228.541.359,25, colando no gasto de julho (R$ 229,2 milhões) e entre os meses com menos despesas, atrás de janeiro (R$ 125,4 milhões) e março (R$ 196,2 milhões). O mês com maior despesa com folha este ano foi maio, totalizando R$ 288,2 milhões; em abril somou R$ 253,6 milhões.
Pelo balanço, a despesa bruta é maior, totalizando R$ 274,2 milhões em agosto. Acontece que para calcular o comprometimento, a LRF prevê a exclusão de gastos com indenizações para demissões. Com ativos, os pagamentos somaram R$ 237,6 milhões e com inativos R$ 34,2 milhões.
Quanto às receitas, consta que neste ano, a arrecadação de tributos somou R$ 1,3 bilhão, com impostos respondendo pela quase totalidade. Há uma série de fontes especificadas, como a contribuição para a iluminação pública, que totalizou R$ 130,2 milhões. De transferências obrigatórias, vieram R$ 2 bilhões, com Estado e União repassando cada quase R$ 700 milhões. Ainda constam outras fontes, como convênios, multas e indenizações.