Nos últimos dias, os casos suspeitos de varíola dos macacos avançaram em Mato Grosso do Sul. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Estado já soma 54 casos suspeitos da doença.
Ao todo, 16 sul-mato-grossenses tiveram diagnóstico positivos para a nova varíola. Todos homens e, quase metade, 46,7%, com idade entre 20 e 29 anos, enquanto outros 33,3% com 30 e 39 anos de idade e 20% entre 40 e 49 anos.
Até agora, o principal sintoma apresentado pelos pacientes foram feridas na pele, relatado por 93,85% deles. Em segundo lugar, febre súbita e delírios, sentidos por 68,8%.
Na varíola dos macacos, a transmissibilidade viral é menor, sendo mais potente pelo contato direto, íntimo e prolongado. Somente pessoas que apresentam sintomas, ou seja, feridas na pele, que são transmissoras.
Para ter o efeito esperado e erradicar a doença por meio da imunização, é preciso que esse fator seja visto sempre de forma coletiva porque, enquanto houver pessoas suscetíveis e não vacinadas contra a doença, o vírus continuará circulando.
Embora a via de transmissão seja o contato direto com pessoas infectadas, é preciso que a população continue tomando as medidas de biossegurança que já vinham sendo praticadas devido à Covid-19, exceto pelo isolamento social, a não ser que apresente sintomas.
Não é necessário o distanciamento social em si, mas a população deve estar e manter-se informada sobre a questão, a doença e suas formas de prevenção. A Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul projeta para setembro a chegada da vacina contra a varíola dos macacos ao Brasil.
Segundo a entidade, apenas um laboratório dinamarquês está produzindo um imunizante para a doença. Dessa forma, quando chegar ao Brasil, a vacinação deve seguir o mesmo padrão de quando a imunização contra a Covid-19 começou a ser realizada.