A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou que já são seis o número de casos suspeitos de febre maculosa notificados em Mato Grosso do Sul. Dos oito casos suspeitos, dois foram descartados, sendo de um homem de 29 anos, morador de Ribas do Rio Pardo, e de uma idosa de 63 anos, moradora de Campo Grande.
Já os casos suspeitos ainda não descartados são de um homem de 29 anos, de Campo Grande, de um homem de 61 anos, de Aquidauana, de uma mulher de 48 anos, de Figueirão, de um idoso de 72 anos, de Aparecida do Taboado, de um homem de 61 anos, de Campo Grande, e um bebê de um ano, também de Campo Grande.
O tempo de investigação dos casos suspeitos é de 15 dias úteis para confirmar ou descartar. De acordo com a SES, o último caso da doença foi registrado em fevereiro de 2018, sendo que desde 2015 foram notificados 119 casos suspeitos.
Neste mês, quatro pessoas faleceram vítimas de febre maculosa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP). De acordo a médica infectologista, Rafaeli Cardoso, a febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma sculptum) infectado pela bactéria Rickettsia.
O carrapato-estrela é encontrado em animais de grande porte, como capivaras, bois, cavalos, gambás, coelhos e aves, sendo que geralmente não é encontrado em cães e gatos. A transmissão ocorre pela picada e o carrapato infectado permanece fixado por, pelo menos, quatro horas na pele da pessoa.
A médica reforçou que não há transmissão de pessoa para pessoa. A doença é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins.