Dados do Registro Civil 2022, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revelam que Mato Grosso do Sul teve um total de 7.678 divórcios, o que representa o aumento de 42,6%, ficando atrás somente do Distrito Federal, que teve 8.428 pedidos de divórcio.
Em 2021, o Estado registrou 5.385 casais que procuraram um cartório para dar entrada no pedido do divórcio, evidenciando crescimento de 2.293, segundo levantamento do Censo Demográfico 2022.
Ainda, conforme o levantamento do IBGE, o processo de divórcio foi concedido em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais. Para cada mil pessoas na casa dos 20 anos ou mais, passou de 2,67‰ (2021) para 3,88‰ (2022).
O levantamento aponta que Mato Grosso do Sul, historicamente, figurou entre as Unidades da Federação com as maiores taxas de divórcio do País. A pesquisa também indica que os homens levam mais tempo para decidir pela separação e buscam o divórcio com idade mais avançada em torno de 42,9 anos, enquanto as mulheres com 39,9 anos.
Outra mudança está no tempo de duração do casamento, pois, em 2010, eram 17,1 anos, enquanto em 2022 o casamento do sul-mato-grossense teve o tempo abreviado para 11,6 anos.
O que rendeu ao Estado a posição de 3º lugar do Brasil onde o casamento dura menos. Para se ter noção, o tempo médio “de vida juntos”, no Brasil em 2022, foi de 16 anos.
Entre os casais que tiveram divórcios judiciais concedidos em 1ª instância, por tipo de arranjo familiar, a pesquisa indicou que a maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias com filhos menores de idade, o correspondente a 44,8%, seguido por casais sem filhos, que representam 14,4%, e, por fim, com filhos maiores e menores de idade, que são 6,5%.