O ataque de pistoleiros em Coronel Sapucaia (MS), cidade que faz fronteira com Capitán Bado (PY), deixa duas mulheres mortas e uma mulher e um homem feridos. Trata-se do 23º assassinato somente neste ano na região fronteiriça de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, sendo 11 execuções em janeiro, 9 em fevereiro e 3 em março deste ano, a maioria relacionada com a guerra entre as facções criminosas brasileiras PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) pelo controle do tráfico de drogas e armas.
O fato ocorreu no início da noite de sábado (09), por volta das 18h30, na cidade de Coronel Sapucaia, quando pistoleiros perseguiram uma caminhonete em que se encontravam Patrício Segovia Sanchez, 33 anos. Ele conseguiu chegar até a residência situada na Rua José Miguel Rocha, no Bairro Industrial, onde teria se escondido, mas os pistoleiros invadiram a residência e executaram a tiros a paraguaia Tomasa Insarralde de Segovia, 27 anos, e uma brasileira identificada como Larissa Rayane de Souza Silva.
Além disso, ficaram feridos a brasileira Ana Carla de Souza, 18 anos, e o paraguaio Patrício Segovia Sanchez, que foram socorridos até o hospital da cidade de Coronel Sapucaia para receber atendimento médico. De acordo com informações da Polícia, eles se encontravam fora de perigo de morte, sendo que os pistoleiros utilizaram pistolas de calibres 9 mm e .40 e fuzil de calibre 5.56 durante o violento ataque a residência.
Informações indicam que Patrício Segovia tem uma ordem de captura pela Justiça do Paraguai por homicídio no ano de 2016 e seria suspeito da queima de um veículo de propriedade de sua ex-mulher, conforme o promotor de Justiça Hernan Mendoza. Ele foi entregue às autoridades paraguaias, que o transferiram sob custódia pela Polícia Nacional do Paraguai até a cidade de Capitán Bado.
Os pistoleiros após atacar a residência fugiram tomando rumo ignorado, mas os investigadores acreditam que o ataque tenha relação com um ajuste de contas do narcotráfico. No entanto, eles não descartam nenhuma hipótese que será investigada pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil com apoio dos investigadores da Divisão de Homicídios da Polícia Nacional do Paraguai.