O prazo de permanência do ex-policial militar na Capital estava previsto para terminar no dia 21 de março de 2024 e a Justiça de Mato Grosso do Sul tinha determinado a retirada do acusado da unidade federal.
Lessa seria transferido de volta ao Rio de Janeiro em um prazo de 30 dias, entretanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro alegou que havia encaminhado, no dia 19 de março, antes mesmo do fim do prazo de permanência, uma decisão que prorrogava a “estadia” dele.
O ex-policial militar está preso na capital sul-mato-grossense desde 2019 e, em março deste ano, Lessa fez uma delação premiada, homologada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregando os mandantes e as circunstâncias do crime.
O acordo de delação resultou na prisão dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa, principais suspeitos. Conforme noticiado à época, o ex-PM só aceitou colaborar com a investigação depois de Élcio de Queiroz o apontar como autor dos disparos e revelar a dinâmica do crime.
Na Capital, o acusado de matar Marielle foi ouvido em cerca de 10 oitivas por agentes da Polícia Federal que investigam o caso. Ele teria prestado três depoimentos após a delação ter sido firmada com a PF e com a Procuradoria-Geral da República (PGE).