O empresário fronteiriço Thales Garcia Cárfaro, 32 anos, que teve o automóvel atingido por 28 tiros, registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil de Ponta Porã (MS) e procurou a imprensa da cidade para fazer um apelo de que não quer ser assassinado.
Ele decidiu dar publicidade para a situação que enfrenta em uma tentativa de informar aos autores dos disparos contra seu veículo que não é “talarico”, ou seja, não teve relacionamento com nenhuma mulher comprometida na fronteira.
“Na verdade, procurei a imprensa para esclarecer a situação. Não sou talarico. Quero tentar me explicar, já que eles não respondem as mensagens, não me dão abertura. Eles podem estar me confundido com alguém. Não fiz nada de errado. Nunca tive problema com nada e com ninguém”, afirmou o empresário, que mora há quatro anos em Ponta Porã.
O empresário conta que se separou da esposa recentemente e manteve pouquíssimos relacionamentos nos últimos dois meses. Porém, a primeira ameaça veio na tarde da última quinta-feira (04). O relato foi de que levaria tiro por gostar de mexer com a mulher dos outros. “Vou ensinar pra vocês o que acontece com talarico aqui”, dizia o texto.
No dia seguinte, uma sexta-feira (05), o Audi foi crivado de balas. O veiculo estava vazio e não houve feridos. O ataque foi noticiado pela imprensa paraguaia. No dia 6 de agosto, ele registrou Boletim de Ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã por ameaça e disparos de arma de fogo.
No documento, informa que estava em um cassino, do lado paraguaio, quando foi alertado sobre os disparos efetuados pelos ocupantes de um Fiat Uno. Na segunda-feira (08), nova ameaça chegou pelo celular, alertando que os tiros foram um recado e da próxima vez ele estaria no carro. Thales afirma que foram recolhidas 28 cápsulas de munição calibre 9 mm, com 31 perfurações no veículo.
“Prezo pela minha vida e pelos meus filhos. Como a pessoa não fala o que eu fiz, eu presumo que seja um engano. Como vai ficar a minha vida agora? Prefiro a exposição do que morrer”, declarou. De acordo com o delegado Matheus Tarchetti Peixoto, há investigação em curso para levantar informações se existe ligação entre as ameaças e os tiros.
As ameaças partiram de números registrados em Mato Grosso do Sul e no Paraguai. Quanto aos disparos, o levantamento primeiro é para esclarecer se houve crime em território brasileiro. “Iniciamos as investigações para que se proceda melhor esclarecimentos dos fatos, com visualização de câmeras. Se não houver nenhum tipo de crime no Brasil, vai ficar a cargo da polícia do Paraguai”, afirma o delegado. Com informações do site Campo Grande News