Após quase dois anos, juiz revisa e mantém prisões de seis réus da histórica Operação Omertà

Após quase dois anos da Operação Omertà, deflagrada no dia 27 de setembro de 2019 contra milícia armada responsável por várias execuções em Campo Grande (MS), o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou a manutenção da prisão preventiva de Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, Frederico Maldonado Arruda, Marcelo Rios, Marco Monteoliva, Vladenilson Daniel Olmedo e Fahd Jamil Georges.

Conforme o magistrado, é apurado crime de organização criminosa armada praticado pelo grupo, havendo assim receio de que, em liberdade, os réus possam voltar a cometer os delitos e, com isso, atrapalhariam coleta de provas necessárias para a instrução dos demais processos da Omertà. Ainda foi levada em consideração que a única alteração de fatos que ocorreu após a decisão da prisão preventiva dos réus foi o oferecimento de novas denúncias contra os acusados.

No dia 17 de julho de 2020, o juiz Roberto Ferreira Filho recebeu a denúncia que trata da terceira fase da Operação Omertà. Assim, 21 se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa, tráfico de armas, entre outros. Em relação ao crime de organização criminosa, do qual integrariam o núcleo 1, conforme a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), sete se tornaram réus. São eles Fahd Jamil e o filho Flávio Correia, que continua foragido, além de Everaldo Monteiro de Assis, Frederico Maldonado Arruda, Marco Monteoliva, Melciades Aldana e Thyago Machado Abdul Ahad.

Já sobre o crime de tráfico de arma de fogo, foram enquadrados novamente Fahd Jamil e Flávio Correia, Marco Monteoliva, Frederico Arruda, além de Jamil Name (já falecido), Jamil Name Filho e Vladenison Daniel Olmedo. Enquanto isso, por violação do sigilo funcional, se tornaram réus Everaldo e Flávio Correia e também Marcelo Rios que teria atuado com Rogério Luis Phelippe, denunciado na Justiça Militar.

Enquanto isso, quanto ao núcleo 2 denunciado por organização criminosa, se tornaram réus Benevides Cândido Pereira, Cynthia Name Belli, Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, Lucimar Calixto Ribeiro, Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, Davison Ferreira de Farias Campos e Paulo Henrique Malaquias de Souza.

Pelo crime de corrupção ativa, respondem Cynthia Name, Benevides Cândido Pereira e Lucimar Calixto Ribeiro, estando ligados a eles e se beneficiando pelo crime 11 agentes públicos listados pelo juiz. Quanto ao comércio das armas de fogo, se tornaram réus Euzébio de Jesus Araújo, Lucas Silva Costa, Davison Ferreira de Farias e Paulo Henrique Malaquias de Souza. Com informações do site Midiamax