No entanto, a acusação contestou a versão e alegou que a tenente-coronel poderia ter se defendido de outras maneiras, já que é devidamente treinada em abordagens policiais e que o crime deveria ser tratado como uma execução. “Ela tem anos de treinamento com seu armamento e, naquela circunstância, poderia ter uma série de outras atitudes que não levariam seu marido à morte”, disse o promotor de Justiça Dolivar Luis da Costa Vieira.
Ainda de acordo com ele, Itamara Nogueira sabia que, no momento em que colocou o marido na mira, ele não oferecia perigo e, por isso, pediu condenação de seis a 20 anos de prisão para a tenente-coronel PM. Porém, a defesa apostou na tese de legítima defesa, uma vez que a policial militar relatou que vivia um relacionamento abusivo com o marido, marcado por discussões e violência.
Por fim, os argumentos da Promotoria de Justiça não convenceram os jurados, que absolveram a policial por quatro votos a três, parecer que foi validado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos. “A lição que fica desse júri é a de que a mulher precisa denunciar, não pode mais apanhar quieta porque o desfecho do caso da Itamara ocorreu porque ela era policial, tinha uma arma, mas e quando não se tem? As mulheres não estão sozinhas”, comentou o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa. Com informações do site Campo Grande News