Após protesto com fechamento de Aduana, governo paraguaio permite “delivery” na fronteira

Após um dia inteiro de protestos de comerciantes de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), que fecharam as principais vias de acesso à Aduana, impedindo que caminhões transportando mercadorias brasileiras e de outros países pudessem fazer o desembaraço alfandegário para ingressar no Paraguai, o governo central paraguaio resolveu atender à reivindicação da Câmara de Comércio e vai permitir um corredor sanitário para o trânsito de mercadorias para os brasileiros que fazem turismo de compra na região.

A informação foi repassada pelo presidente da Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero, Victor Barreto, que conversou por telefone com o ministro da Defesa Nacional do Paraguai, Bernardino Soto Estigarribia, e foi notificado que depois de uma reunião de gabinete na tarde de ontem (20), ficou decidido que a partir de hoje (21) a comercialização de produtos no chamado “delivery” estará permitida.

Com a abertura do “corredor sanitário” as pessoas poderão comprar os produtos no comércio de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero através de aplicativos como WhatsApp e receber estes produtos nos pontos estabelecidos pelas autoridades sanitárias. “É uma abertura que o governo deu para o povo fronteiriço como forma de salvar empregos e manter a economia funcionando, mas é necessário que a população respeite as normas e as regras que serão impostas para que não tenhamos o caos e a necessidade do fechamento da Linha Internacional novamente”, disse Victor Barreto.

As normas sanitárias e a forma que vai funcionar o corredor sanitário ainda não foram definidas pelo Departamento Sanitário do Departamento de Amambay, porém já havia um protocolo pré-estabelecido para ser colocado em prática em caso de uma autorização, o que acabou acontecendo.