Depois de 24 horas de paralisação dos trabalhadores da enfermagem de Campo Grande, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) estão com longas filas nas portas. Esse é o exemplo da UBS Arthur de Vasconcellos Dias, no Bairro Coronel Antonino, onde a fila dobrava o quarteirão nesta terça-feira (28).
Moradora na Vila Ravenna, bairro localizado na redondeza, a dona de casa Elis Regina Rangel Domingues, de 50 anos, chegou às 3h30 para marcar consulta, pois teve Covid-19 no começo do ano passado e até hoje sofre com sequelas no pulmão. Ela revelou que está procurando atendimento desde o dia 19 de janeiro, mas sem sucesso.
Já a diarista Elenir Rodrigues, de 56 anos, mora no Jardim Talismã e desde às 6h20 aguardava na fila para conseguir retorno para clínico geral. Conforme ela, os exames estão prontos desde o dia 16 de fevereiro, mas o posto de saúde só abre ficha para agendamento no último dia do mês.
Grávida de 4 meses e acompanhada pela a mãe, a lavradora Joscilene Ribeiro dos Santos, de 27 anos, mora no Bairro Monte Castelo e era uma das pacientes aguardando na fila para agendar consulta. Ela contou que ontem (27) veio cedo ao posto de saúde, mas mandaram voltar hoje para agendar o clínico geral.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou, por meio da assessoria de imprensa, que a fila se formou porque a unidade abre às 7 horas e as pessoas chegam antes para garantir o acesso. Seja por demanda espontânea ou agendamento, considerando que há um número limitado de atendimentos por dia.
A Sesau reitera que o agendamento tanto para exames quanto para consultas é feito diariamente e não apenas uma vez no mês. A secretaria está estudando uma forma de acolher estes pacientes antes do horário de abertura regimental, lembrando que se criou uma demanda reprimida em razão da greve dos enfermeiros, sobretudo para coleta de exames e procedimentos. Com informações do Campo Grande News