Com essas duas mortes, o número de homicídios cometidos por matadores de aluguel na região de fronteira já está em 156 somente neste ano, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio, 20 em junho, 17 em julho, 12 em agosto, 16 em setembro, 15 em outubro, 16 em novembro e 10 em dezembro.
No caso da execução, o fato foi registrado, na tarde de quinta-feira (26), por volta das 17h04, quando um homem identificado como o ex-presidiário Fidel Medina Garcia, 28 anos, que se encontrava em um bar situado na Rua Vital Brasil esquina com a Rua João Vayres, no Bairro Maísa, em Ponta Porã (MS), foi surpreendido pelos pistoleiros.
Os matadores de aluguel chegaram a bordo de um veículo não identificado e realizaram vários disparos contra a vítima, que recebeu seis disparos de pistola calibre 9 mm. Os tiros provocaram a morte de Fidel Garcia, que, no momento estava sem nenhuma identificação e, por isso, o corpo foi levado ao IML para ser identificado pelos familiares.
Ele já tinha sofrido um atentado no dia 5 de outubro de 2017, próximo ao Bairro Santa Izabel, também em Ponta Porã (MS). Além disso, o ex-presidiário, com várias passagens pela Polícia, tinha confessado, quando foi preso no dia 10 de fevereiro de 2015, a execução de Marcos Cardoso Perez, ocorrida no dia 4 de setembro de 2014.
Evidências apontam que duas armas foram disparadas no local não se sabe se a vítima teria tentado se defender e se estaria armada, já que a arma não foi encontrada ou que os pistoleiros utilizaram dois tipos de arma de fogo na execução que será investigada pelos investigadores do SIG (setor de Investigações Gerais) coordenados pelo delegado Juliano Cortez, que realizou os trabalhos de praxe no local com o apoio dos peritos da Polícia Técnica.
O corpo
Também na quinta-feira (26) foi encontrado por populares, na região do Rodoanel de Ponta Porã, um corpo em estado de decomposição. O fato foi registrado por volta das 14 horas, quando pessoas que transitavam pela região notaram a existência de um corpo do sexo masculino jogado na beira do Rodoanel, já nas proximidades da BR-463, a uns oito quilômetros da cidade de Ponta Porã.
Essas pessoas alertaram os investigadores coordenados pelo delegado Juliano Cortez, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, que, com apoio dos peritos da Polícia Técnica, realizaram os procedimentos de rigor e encaminharam o corpo ao IML da cidade a espera que algum familiar o identifique.
Os pés e as mãos da vítima estavam amarrados com uma corda e poderia ter sido executada e queimada na região, após ser torturada em outro local. Como não foi encontrada nenhuma documentação que identifique o homem e o fato de o corpo apresentar sinais elevados de decomposição, os investigadores da 2ª Delegacia de Polícia Civil, coordenados pelos delegados Caio Macedo e Patrick Linares, vão apurar a situação que teria levado a execução da vítima.