Após levarem calote da prefeita Adriane Lopes, donos de imóveis nas Moreninhas entram na Justiça

Após levar calote na indenização que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), candidata à reeleição, os donos de imóveis que serão afetados pelo novo acesso à região das Moreninhas resolveram recorrer à Justiça.

Devido à falta de pagamento indenizatório por parte da pífia gestora da Capital, a obra foi interrompida depois da finalização da 1ª fase.

Boa parte dos proprietários dos imóveis aceitou amigavelmente a desapropriação de seus terrenos no valor que foi estipulado pelo poder público, passando a escritura para o município.

A prefeita Adriane Lopes se comprometeu a pagar a indenização, porém, os prazos acabaram e o dinheiro não foi depositado.

Diante disso, os proprietários de 52 imóveis que tiveram seus terrenos desapropriados entraram na Justiça exigindo o pagamento de R$ 10.491.792,41 que serão necessários para efetivar a indenização.

Ao Correio do Estado, a assessoria da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) informou que o projeto foi dividido em duas etapas e que a continuidade das obras ainda depende da conclusão de licitações.

Os imóveis desapropriados estão localizados ao longo da Rua Salomão Abdala, na região do Bairro Itamaracá, espaço este que dará sequência à Avenida Rita Vieira, que atualmente acaba na Guaicurus, e seguirá pelo traçado até encontrar a Avenida Alto da Serra, nas Moreninhas.

A primeira fase desta nova via que custou R$ 41 milhões está praticamente pronta, mas a avenida acaba no meio de uma pastagem, deixando assim a obra de acesso inacabada até a 2ª etapa de obras ser iniciada.

No decorrer desta passagem existe uma série de moradias que precisam ser removidas, porém até agora parte destas desapropriações não aconteceu.

Iniciadas em dezembro de 2022, as obras da 1ª fase do chamado novo acesso às Moreninhas estão praticamente prontas.

A obra tem o objetivo principal de oferecer uma nova via de acesso às Moreninhas e desafogar o trânsito das avenidas Costa e Silva e Guri Marques.

A nova avenida, o recapeamento de ruas paralelas, a ampla rede de drenagem e a construção de uma ponte sobre o Córrego Lageado consumiram R$ 41,3 milhões.

O contrato inicial previa que os trabalhos fossem concluídos em 18 meses, período este que se esgotou em junho deste ano.

Porém, no meio do caminho, a Agesul suspendeu os trabalhos por 60 dias, possivelmente, a empreiteira ainda está dentro do prazo de entrega.

Em janeiro do ano passado a Agesul chegou a abrir licitação para contratação de uma empreiteira para esta nova etapa. Até agora, porém, não existem sinais de que o projeto esteja próximo de sair do papel.

A segunda etapa do projeto, vai ligar o final da Avenida Alto da Serra à Rua Salomão Abdala, criando conexão com as avenidas Guaicurus, Rita Vieira de Andrade e Eduardo Elias Zahran.

O investimento previsto nesta segunda etapa é de R$ 32 milhões em pavimentação, drenagem, construção de ponte e instalação de ciclovia.

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