Internado desde o dia 27 de maio para fazer cirurgia cardíaca, com autorização judicial, o empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 79 anos, foi operado dia 29 de maio e, nesta segunda-feira (31), retornou para a cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), onde está preso desde o dia 19 de abril.
A cirurgia foi para desobstruir a veia carótida direita, uma das mais importantes por levar o sangue até o cérebro. Antes da operação, os médicos precisavam corrigir a taxa de sódio no sangue do paciente, por isso levaram mais tempo que o previsto para operá-lo.
Segundo alegado em atestado à Justiça, se não fosse feito o procedimento, o preso poderia correr risco de sofrer acidentes vasculares cerebrais, de consequências graves. Enquanto Fahd esteve no estabelecimento de saúde, equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar fizeram plantão no local.
Hoje cedo, os policiais se deslocaram para a escolta do preso de volta à carceragem do Garras. Fahd Jamil aguarda decisão do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, sobre pedido para cumprir em casa a restrição de liberdade. Os advogados alegam justamente a saúde frágil.
Foi durante os exames feitos para embasar laudo pericial oficial sobre o quadro de saúde do preso que a necessidade da cirurgia cardíaca foi detectada. Fahd Jamil, como também é conhecido o réu da operação Omertá, é acusado em quatro ações penais, por crimes ligados à manutenção de milícias armadas dedicadas a eliminar desafetos.
No próxima dia 17 de junho, está marcado interrogatório do “Rei da Fronteira” no processo em que é réu como mandante do assassinato de Ilson Martins Figueiredo, 62 anos, ocorrido em junho de 2018.