Depois de 12 dias, já que desde 26 de setembro não acontecia uma execução na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, pistoleiros voltaram a matar em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), e fazem duas vítimas em poucas horas. Com mais esses dois assassinatos, o número de homicídios cometidos por pistoleiros na região sobe para 119 somente neste ano, sendo 11 em janeiro, 9 em fevereiro, 15 em março, 8 em abril, 9 em maio, 20 em junho, 17 em julho, 12 em agosto, 16 em setembro e 2 em outubro.
A primeira execução foi de um homem de 42 anos que trabalhava como segurança patrimonial foi executado a tiros na noite de ontem (7). Trata-se da primeira execução do mês de outubro e a vítima foi identificada como Marcelino Soler Fernández, de nacionalidade paraguaia. Ele foi morto quando seguia a pé na companhia do brasileiro identificado como Leonardo Miranda de Oliveira, no Bairro Defensores del Chaco, em Pedro Juan Caballero.
Um pistoleiro armado de revólver se aproximou e disparou pelo menos nove tiros em Marcelino Soler Fernández, enquanto Leonardo Miranda de Oliveira não foi ferido. De acordo com policiais paraguaios, a rua onde ocorreu o crime não tem iluminação e o pistoleiro encapuzado cercou os dois e disse que era um assalto, mas atirou em Marcelino e fugir sem roubar nada.
A Polícia acredita que o objetivo era mesmo matar o paraguaio. Depois dos tiros, o pistoleiro saiu correndo e sumiu na escuridão. Até agora as forças de segurança do país vizinho não têm pistas dele. Natural de Assunción, capital do Paraguai, Marcelino morava há alguns anos na fronteira. A Linha Internacional entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero enfrenta onda de execuções nos últimos três anos, mas 2019 tem sido ainda mais sangrento.
Na manhã desta terça-feira (8), mais um homem, identificado como Vergilio Vera, mais conhecido como “Preto’i”, foi executado a tiros em Pedro Juan Caballero. O crime ocorreu no cruzamento das ruas Pachito López e Loma Valentina e a vítima era cidadão paraguaio.
No momento do crime, ele estava sentado em uma cadeira de plástico na sombra de uma árvore, quando o pistoleiro se aproximou e o executou com tiros na cabeça. Os disparos arrebentaram o crânio do rapaz e a massa encefálica ficou esparramada no chão.