Ao lado de Riedel, ministro diz que MS será o 1º estado a não ter pessoas no mapa da fome

Ao lado do governador Eduardo Riedel (PSDB) durante evento nesta segunda-feira (18) em Campo Grande (MS), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, disse que Mato Grosso do Sul será o “1º Estado do país em que todas as pessoas estarão fora do mapa da fome”.

 

Dias participou, no Bioparque Pantanal, da solenidade de assinatura da inclusão de Mato Grosso do Sul no “Plano Brasil Sem Fome”, marcando adesão em programas federais que objetivam a erradicação da insegurança alimentar, aquisição de insumos agrícolas, produção da agricultura familiar e qualificação profissional. Serão liberados R$ 120 milhões em recursos.

 

Segundo o ministro, o pagamento de benefícios sociais também movimenta a economia, citando compras em mercados e farmácias nas cidades. Citou o pagamento do Bolsa Família, que atende 213,9 mil famílias em Mato Grosso do Sul, com repasse, em dezembro, de R$ 148,1 milhões. O valor médio recebido nos 79 municípios é de R$ 693,28. Listou, ainda, o Auxílio Gás, Tarifa Social (energia), e o Segurança Alimentar, que incentiva a produção regional e atende famílias em vulnerabilidade.

 

Conforme dados divulgados pelo ministro, o Estado recebeu R$ 3,4 bilhões este ano, em recursos do Bolsa Família, Auxílio Gás e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Dias citou, ainda, a atenção especial dada às comunidades indígena e quilombola em MS. Hoje, foi assinada a ampliação do Proacinq (Programa de Apoio às Comunidades Indígenas e Comunidades Quilombolas de Mato Grosso do Sul).

 

Ao todo, serão contemplados 15 mil indígenas em comunidades de 21 municípios do estado, e mil habitantes de comunidades quilombolas, que passaram neste ano de 2023 a integrar o programa, com investimentos que totalizaram R$ 9,2 milhões. Produzido por um dos braços da ONU (Organização das Nações Unidos), o Mapa da Fome estima que 111 países no mundo enfrentam situação crônica de falta de alimento — ou seja, fome. A tendência e os dados verificados levaram o país a retornar ao mapa em 2022, oito anos depois de deixar a lista.

 

Governador

 

“Estamos vivendo um momento histórico para nosso Mato Grosso do Sul. Uma agenda que é de caráter humanitário, de sensibilidade, de amor ao próximo, que é atender as pessoas que precisam, combater e aniquilar a fome neste País. Nosso Estado vai seguir firme para que possamos concluir nos próximos três anos algo que pode parecer impensável, que é buscar cada um sul-mato-grossense que não está dentro de qualquer programa, e precisam da nossa ajuda. São por volta de 30 mil”, afirmou o governador.

 

Riedel destacou que esta parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social é fundamental e que o Estado está fazendo sua parte, com programas sociais importantes entre eles o Mais Social, Energia Social: Conta de Luz Zero e “Cuidar de quem cuida”. “Não é motivo para se acomodar, enquanto tiver um sul-mato-grossense passando fome ou necessidade, nós temos que buscar e ajudar”.

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que os programas sociais são a “portas de entrada”, mas que o acesso ao emprego é a porta de saída, pois traz dignidade à pessoa. “Nós sabemos que o Bolsa Família é fundamental para as pessoas que estão com insegurança alimentar, que passam fome e precisam de um suporte de uma renda básica de cidadania. Mas é importante que a gente trabalhe também a inclusão produtiva da população e dos povos indígenas, para que sejam respeitados e tenham todos os seus direitos”.

 

Para a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, hoje é um dia de celebrar estas ações positivas para quem mais precisa. “Dignidade é deixar todas as famílias bem alimentadas, não deixando ninguém para trás. O Brasil vai sair do mapa da fome no ano que vem, com as políticas que estão sendo implementadas”.

 

O Ministério de Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou mais de R$ 120 milhões ao Estado para o combate à fome. Destes, R$ 89,5 milhões já foram liberados e R$ 31,6 milhões serão creditados em breve para diversas ações no setor social.

 

Dos recursos já liberados, R$ 76,8 milhões são do MDS e R$ 12,6 milhões advindos de emendas parlamentares federais. Este aporte financeiro vai ajudar na aquisição de alimentos, compra de veículos e outras ações que visam beneficiar as famílias mais vulneráveis.

 

Mato Grosso do Sul beneficia 54 mil famílias por meio do programa “Mais Social”, que oferece um cartão para o próprio cidadão fazer suas compras, além de 152 mil (famílias) do Conta de Luz Zero, em que o Estado arca com a conta de energia. As cestas básicas indígenas contemplam 19,8 mil famílias e o “Cuidar de quem Cuida” ajuda 2 mil.