Anuário revela que quantidade de mortes violentas na Capital cresceu em 15% no ano passado

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Nacional de Segurança Pública com base em estatísticas oficiais, revela que as mortes violentas intencionais, estatística que agrega os homicídios dolosos, latrocínios (mortes durante assaltos), feminicídios, mortes de policiais em confronto e mortes decorrentes de intervenções policiais tiveram um incremento de 15,6% em Campo Grande em 2022, quando comparada com o ano anterior.

Em 2021, conforme o anuário, foram 131 mortes violentas intencionais na capital sul-mato-grossense, enquanto no ano passado o número subiu para 153. A alta nas mortes violentas intencionais, em uma análise dos componentes da estatística, foi puxada pelo aumento nos homicídios e nos feminicídios. As quantidades de latrocínio e de mortes decorrentes de intervenções policiais mantiveram-se estáveis, indica a estatística.

Quando se trata apenas de homicídios dolosos (em que o autor tem a deliberada intenção de assassinar a vítima), os casos subiram de 123 em 2021 para 147 no ano passado. Em termos absolutos também houve uma disparada dos assassinatos de mulheres em condições do gênero dela, o feminicídio, este tipo penal se refere a situações em que a mulher é assassinada devido a sua condição feminina, como em um relacionamento, no ambiente familiar, entre outras situações em que ela é coagida somente por ser mulher.

Estes crimes pularam de dois registros em 2021 para 12 em 2022. O volume de latrocínios, as mortes ocorridas durante assaltos, mantiveram-se estáveis. Foram seis em 2021 e também em 2022. Enquanto na Capital houve aumento no número de mortes violentas, quando se analisa as estatísticas de todo o Estado, o que se vê é uma estabilidade.

A variação percentual foi de -0,2. Foram 511 mortes violentas intencionais em 2021 no Estado, contra 515 em 2022. Em números absolutos, houve aumento no total de homicídios: de 486 para 496. Os latrocínios caíram de 14 para 13, as lesões corporais seguidas de morte caíram de 11 para seis. No comparativo entre 2021 e 2022 não houve policiais mortos em confronto no Estado. As mortes decorrentes das intervenções policiais caíram de 53 para 45.