O inferno astral do ex-governador André Puccinelli (MDB) voltou com força total nos últimos dias. Depois de sofrer uma derrota na reta final da campanha para governador, sendo ultrapassado pelo candidato que estava em 4º nas pesquisas, agora a juíza substituta Júlia Cavalcante Silva Barbosa, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, aceitou a denúncia contra ele e mais 10 pessoas pelo desvio de R$ 7,591 milhões na pavimentação da rodovia estadual MS-430.
O ex-governador virou réu pela 3ª vez por corrupção após a 5ª Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) declarar a suspeição e anular as decisões do juiz titular Bruno Cezar da Cunha Teixeira. De acordo com o site O Jacaré, ele é réu pelos desvios na obra da Avenida Lúdio Coelho, em Campo Grande, e pelo uso da aeronave de João Roberto Baird e João Amorim.
Inicialmente, a magistrada, conforme despacho publicado na terça-feira (4), manteve a decisão do juiz Bruno Cezar, de dividir a denúncia em cinco ações. Em seguida, Júlia Cavalcante acata a decisão o TRF3 e assume o julgamento das ações penais. Conforme perícia da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União), o grupo de André superfaturou em R$ 680,3 mil e pagou R$ 1,7 milhão em serviços não executados pela obra da MS-430, entre São Gabriel do Oeste e Rio Negro. No total, os desvios chegaram a R$ 7,591 milhões.
Além de André, o seu ex-secretário estadual de Obras, Edison Giroto, Maria Wilma Casanova, Hélio Yude Komiyama, Fausto Carneiro da Costa Filho, Wilson Roberto Mariano, Marcos Tadeu Enciso Puga, João Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos, Rômulo Tadeu Menossi e Luiz Cândido Escobar também viraram réus.