André quer ajuda policial para “patrolar” e despejar Tetê Trad de apartamento por dívida de R$ 214 mil

O empreiteiro André Luiz dos Santos, o “André Patrola”, pediu na Justiça apoio de força policial para cumprimento de ordem de despejo contra Maria Thereza Trad, a “Tetê Trad”, irmã do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), do ex-prefeito e candidato a vereador Marquinhos Trad (PDT) e do ex-deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), de apartamento na Rua Euclides da Cunha, em Campo Grande (MS).

O pedido foi feito dentro do processo de ação de despejo por falta de pagamento dos aluguéis e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), cuja a dívida chega a R$ 214.063,24, sendo R$ 114.372,39 referente aos aluguéis e R$ 99.690,85 ao imposto municipal.

“Considerando que o Agravo de Instrumento interposto pela requerida foi por unanimidade negado provimento, conforme comunicado de decisão de segundo grau de fls. 290/297, reitera-se com urgência o pedido de fls. 214/2015, ou seja, o deferimento de força policial para cumprimento da ordem de despejo já deferida a fls. 37, de acordo com o art. 65 da Lei do Inquilinato”, afirmou o advogado de André Patrola no pedido recente, Fábio de Melo Ferraz.

O empresário – apontado como laranja de políticos – move duas ações de despejo contra membros da família do ex-prefeito Marquinhos Trad, que reforçam laços que o empreiteiro possuía com a família e esquema de laranjas exposto em junho de 2023.

Já em fevereiro deste ano, Patrola entrou com um processo sobre o mesmo tema contra Tetê Trad. No processo consta que um contrato foi firmado em maio de 2019 para tratar da locação do imóvel sob o valor de R$ 4,5 mil, mas que poderia ter desconto de R$ 1 mil caso fosse pago com pontualidade. Já os aluguéis cobrados são referentes a janeiro de 2022 a janeiro de 2024.

Na contestação, Tetê Trad apresenta argumentos semelhantes ao do cunhado e defende que Patrola teria débitos com a psicóloga referente a taxas extras de condomínio (R$ 93.072,65) e benfeitorias realizadas no apartamento (R$ 201.188,44), que somam R$ 294.261,09.

“Pois bem, além das despesas extras pagas pela locatária, é correto afirmar que a Ré realizou diversas benfeitorias úteis ou necessárias no imóvel, quais sejam, marcenaria, instalação de novos ar condicionados e ambiente projetado na cozinha no quarto de casal que totalizaram em uma quantia atualizada de R$ 201.188,44”, alega a defesa.