Depois de todo o imbróglio na imprensa sobre a transferência do empresário Jamil Name Filho, 42 anos, mais conhecido como “Jamilzinho”, do Presídio Federal de Campo Grande para o de Mossoró (RN), finalmente as autoridades confirmaram nesta quarta-feira (30) que eseu pai, o empresário Jamil Name embarcou para o Rio Grande do Norte. Name foi embarcado por um acesso lateral do Aeroporto Internacional de Campo Grande na manhã de hoje e, ao contrário do que foi noticiado ontem (29) pelos principais meios de comunicação do Estado, a transferência agora é oficial.
O empresário, Jamil Name, 83 anos, controlador do jogo do bicho foi o primeiro preso da “Operação Omertà” a ser transferido do Presídio Federal de Campo Grande para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As transferências do pai dele e dos policiais Márcio Cavalcante da Silva e Vladenilson Olmedo ainda não tem data marcada, mas deve ser realizada em breve para a mesma penitenciária.
Já que, na última semana, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou mais um pedido de prisão domiciliar para Jamil Name, que alegava avançada idade e enfermidades graves, na tentativa de não ficar em uma cela de isolamento de unidade federal da Capital e, posteriormente, na de Mossoró (RN). Para ela, diferentemente do alegado, Jamil Name não está extremamente debilitado, tampouco o tratamento que lhe seja necessário não possa ser oferecido no próprio estabelecimento prisional.
Para negar a prisão domiciliar, a juíza também considerou que Name é investigado pela criação de uma organização criminosa com a finalidade de praticar diversos delitos, principalmente homicídios, pelas mais variadas motivações, grupo que é considerado pelo Ministério Público Estadual (MPE) uma verdadeira milícia privada.
A magistrada observou, para o isolamento, que Jamil Name tem poder para corromper financeiramente pessoas e ainda continuar com os trabalhos da organização criminosa. Além disso, a Justiça determinou uma nova prisão preventiva de cinco suspeitos investigados pela “Operação Omertà”. Essa decisão foi feita com base no processo que apura crimes contra o Sistema Nacional de Armas e faz referência ao arsenal encontrado com o ex-guarda municipal Marcelo Rios em uma casa no Jardim Monte Líbano, na Capital.
Segundo a juíza, a liberdade desses suspeitos prejudica a colheita de provas e coloca em risco a ordem pública. Ela cita o alto poder econômico da organização que poderia voltar a adquirir novas armas e munições. Também acrescenta o risco de fuga dos investigados. Além de relembrar, no processo, relatos de ameaças a testemunhas, a promotores e a um delegado.
Para a magistrada, em liberdade, Jamil Name traz risco à sociedade e ao andamento das investigações. Além de Jamil Name, os mandados de prisão também foram expedidos para Jamil Name Filho, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira, e os policiais civis Marcio Cavalcanti da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo.