Passados apenas dois dias da operação, o principal resultado é o represamento do contrabando de cigarros de origem paraguaia e o produto já começou a faltar nos bairros da periferia de Campo Grande. No Jardim Noroeste, conforme o Blog do Nélio constatou, não se encontra mais cigarros contrabandeados para comprar.
Além disso, nos bairros Los Angeles, Tiradentes, Bastistão, São Conrado, Mata do Jacinto, entre outros, o cigarro paraguaio já é comercializado a R$ 3,50 o maço, enquanto anteriormente o preço não passava de R$ 2,50. De acordo com vendedores ouvidos pelo Blog, a falta do produto é culpa da Operação Ágata de Aço I, pois os soldados do Exército não se deixam subornar.
A Operação
A Operação Ágata de Aço I é conduzida pela 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, sediada em Dourados (MS), e inclui os efetivos de outros órgãos e agências, totalizando 1,9 mil militares e civis das esferas federal, estadual e municipal envolvidos nas ações.
A operação é parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e as ações envolvem representantes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), da Agência Abin (Brasileira de Inteligência), do Estado-maior das Forças Armadas, da Receita Federal; da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal; da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Ministério das Relações Exteriores.
De acordo nota oficial do Exército, neste ano a Operação Ágata de Aço intensifica a presença do Exército Brasileiro na faixa da fronteira oeste, na área de responsabilidade da 4ª Brigada, para melhorar a eficácia das chamadas “operações inter-agências”. Segundo o Exército, como no ano passado, em 2019 a Ágata valoriza o “princípio da surpresa”, com mais operações, mais curtas e pontuais.
Outro ponto destacado é a intensificação das operações de inteligência, aproveitando as potencialidades do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), utilizado em ações preventivas e repressivas contra os crimes trans-fronteiriços através da tecnologia.
Segundo a 4ª Brigada, a operação não tem prazo definido para terminar e conta com a participação de tropas do Exército Brasileiro em coordenação com os órgãos de segurança pública e de fiscalização.