A lista de mortos em acidente com avião da Voepass Linhas Aéreas, em Vinhedo (SP), na tarde de ontem (9), matou o policial rodoviário federal Hiales Carpine Fodra, que atuava em Naviraí (MS), a esposa dele, a fisiculturista Daniela Schulz Fodra, a ex-acadêmica do curso de Fisioterapia da Uniderp, Kharine Gavlik Pessoa Zini, e cunhada do empresário Rodrigo Bigolin, sócio do Grupo Bigolin Materiais de Construção, a advogada Laiana Vasatta, que era esposa de Fabio Bigolin.
No caso, apenas o policial rodoviário federal e a esposa moravam em Mato Grosso do Sul, os demais já moraram aqui ou tinham parentes, mas residiam em outros estados brasileiros. O policial rodoviário federal Hiales Carpine Fodra estava lotado em Naviraí e, juntamente com a esposa, estavam iniciando viagem que tinha como destino os Estados Unidos.
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), Hiales Fodra ingressou na corporação em 2020 e, no início da carreira, trabalhou em Rio Branco (AC), sendo que atualmente estava lotado na base operacional de Naviraí (MS). Ele tinha 33 anos, era engenheiro-agrônomo por formação e natural de Moreira Sales (PR), enquanto a esposa Daniela Fodra nasceu em Santa Rosa (RS).
O casal tinha uma residência em Cascavel (PR), cidade de onde o avião levantou voo com destino a Guarulhos (SP) e que fica a três horas e meia de Naviraí. Momentos antes de embarcar, Daniela Fodra postou vídeos, já no aeroporto, contando para a audiência de 18 mil seguidores no Instagram da viagem.
Já a fisioterapeuta Kharine Gavlik Pessoa Zini, que também estava acompanhada pelo marido, o ex-goleiro do Cascavel Futsal, Antonio Deoclides Zini Júnior, foi acadêmica na Uniderp e estagiou na Santa Casa de Campo Grande. Morador de Cascavel, o casal deixa dois filhos de 8 e 10 anos de idade.
Já a cunhada do empresário Rodrigo Bigolin, sócio do Grupo Bigolin Materiais de Construção, Laiana Vasatta era esposa de Fabio Bigolin, que não estava na companhia dela. Ela iria encontrá-lo em São Paulo (SP), onde ele estava apresentando o trabalho desenvolvido pela empresa de materiais de construção.
O acidente
A aeronave, um turboélice modelo ATR-72 operado pela Voepass Linhas Aéreas, tinha decolado de Cascavel com destino ao Aeroporto de Guarulhos (SP). A companhia aérea informou que acionou todos os recursos disponíveis para prestar apoio aos envolvidos e que ainda não há confirmação sobre as causas do acidente.
A Voepass Linhas Aéreas emitiu nota informando que a aeronave decolou “sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização do voo”. O avião explodiu ao tocar no solo no quintal de casa no condomínio residencial Recanto Florido, próximo da rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324).
Equipes de resgate, incluindo a Polícia Técnico-Científica, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e IML (Instituto Médico Legal), foram mobilizadas para o local. Segundo o secretário de Segurança de Vinhedo, a queda ocorreu próxima a uma residência ocupada, mas não houve feridos em solo.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) lamentou o ocorrido e informou que está monitorando as providências necessárias para investigar a situação da aeronave e da tripulação. A Polícia Federal também instaurou um inquérito para apurar o acidente, e a FAB (Força Aérea Brasileira) enviou uma equipe de investigadores para realizar a análise inicial do incidente.