Bruno deve mais de R$ 6 milhões em pensão alimentícia atrasada ao filho e teve sua prisão decretada por falta de pagamento da quantia. Ele ainda se recusou a fazer um teste em DNA todas as vezes que a Justiça solicitou a comprovação de paternidade. Dessa forma, a Justiça reconheceu, em 2012, a relação deles como paternidade presumida, conforme preconiza a legislação brasileira.
A avó de Bruninho ainda lembrou que a decisão da justiça sobre a paternidade já transitou em julgado, isto é, não cabe mais recurso judicial sobre a questão”. “O DNA já está transitado em julgado. Ele que tem que falar a verdade”, reiterou. Vale ressaltar que em 2014, por vontade de sua esposa, Ingrid Calheiros, o pai do menino se submeteria ao teste, mas o pedido foi negado pelo STF (Supremo Tribunal de Justiça), que também foi transitado em julgado.
Além disso, os desembargadores da 4ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) extinguiram a ação negatória de paternidade porque a decisão de reconhecimento de paternidade já não aceitava mais recursos. Em 2012, a Justiça ainda fixou a pensão que Bruno deveria pagar ao filho em 17,5% de seus rendimentos. À época, quando o jogador atuava no Flamengo, os rendimentos do jogador chegavam a R$ 600 mil por mês, sem contar os contratos de publicidade e prêmios por jogos vitoriosos.
Agora, com a prisão decretada, ele tenta fazer um acordo com Sônia Moura, no qual oferece R$ 30 mil e um saldo remanescente de R$ 60 mil em 12 parcelas. O total de R$ 90 mil corresponde apenas a uma pequena parcela da dívida milionária. Ainda há uma ação movida pela mãe de Eliza Samudio, que entrou na Justiça em 2014 para requerer uma indenização de R$ 6,4 milhões por danos morais e materiais ao Bruninho.
Em relação à vaquinha virtual aberta pela esposa de Bruno para arrecadar a quantia da dívida da pensão e evitar a prisão do marido, Sônia Moura diz que o jogador está terceirizando a responsabilidade que ele tem em relação ao menino, que hoje tem 12 anos. “É um direito deles de fazer, porém Bruno está transferindo a responsabilidade que é dele para terceiros como sempre tem feito. Ele culpa a Justiça, eu e o próprio Bruninho”, afirmou.
Em 2013, o jogador foi condenado a 22 anos e três meses pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver cometidos contra Eliza Samudio. Em julho de 2019, a Justiça concedeu progressão de pena ao goleiro, que saiu da prisão. Hoje ele é goleiro do Atlético Carioca, que disputa a Série C do Campeonato Carioca, equivalente à 5ª divisão.