O bicho vai pegar nesta terça-feira (18) na Operação Coffee Break com as audiências para ouvir o ex-governador André Puccinelli (MDB), o empresário Carlos Naegele, proprietário do site de notícias Midiamax, e os ex-vereadores Mário César e Flávio César. Na quarta-feira (19), os depoimentos serão de Raimundo Nonato, Luiz Pedro, André Scaff, Gilmar Nery e José Saraiva, enquanto na quinta-feira (20), o juiz ouve o presidente da Câmara de Vereadores da Capital, Carlos Augusto Borges, o ex-vereador Waldecy Batista e os empresários João Amorim e João Baird.
Na sexta-feira (21), será a vez do ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que atualmente está preso por corrupção e lavagem de dinheiro, além do ex-vereador Eduardo Romero e dos vereadores Otávio Trad e João Rocha. As audiências prosseguem na próxima segunda-feira (24) com o ex-vereador e ex-secretário municipal Edil Albuquerque, com o ex-vereador e ex-deputado estadual Paulo Siufi e o vereador Jamal Salem.
No processo que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, os denunciados respondem por improbidade administrativa na apuração sobre complô para cassar o então prefeito da Capital Alcides Bernal (PP) em 2014, que foi sucedido por Gilmar Olarte. Em tempos de pandemia, as audiências serão híbridas e os depoimento dos denunciados serão presenciais, colhidos em uma sala especialmente montada no 4º andar do Fórum de Campo Grande.
Os demais participarão por vídeo, mas, caso a testemunha prefira, também pode ir e falar presencialmente, mas de uma sala reservada. A operação foi realizada em 25 de agosto de 2015 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Em 2017, o juiz David de Oliveira Gomes Filhos aceitou denúncia por improbidade administrativa contra 28 pessoas.
O pedido era de indenização de R$ 25 milhões por danos morais coletivos. Na sequência, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) excluiu vários denunciados. O MPE (Ministério Público Estadual) entrou com recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que determinou o prosseguimento do processo.