Em seu depoimento à Polícia Civil de Naviraí, no sul do Estado, na manhã dessa quinta-feira, o Policial Federal Alexandre Cavalcante de Oliveira, que atropelou três pessoas e matou uma, Everton da Silva Pessoa, na madrugada de segunda-feira naquela cidade, confirmou que no dia referido está com uma viatura oficial descaracterizada da Polícia Federal em sua residência quando sentiu necessidade de lanchar e saiu para rua.
Ele estava acompanhado de seu advogado, dr Luiz Rafael Melo Alves. Um vídeo registrou o momento em que pessoas passam pela rua em seguida o carro da PF dirigido por Alexandre.
O depoimento dele é curto e acreditem quem quiser nessa história, acompanhe abaixo alguns trechos obtidos com exclusividade pelo Blog do Nélio.
“Que então saiu pela cidade em busca de um lanche, que encontrou um lanche em frente a um determinado estabelecimento onde acontecia um show, que após se alimentar permaneceu por ali alguns instantes quando resolveu ingressar no referido show das cantoras Simone e Simara e ficou até o fim do espetáculo”.
Em seguida pegou o seu carro, na verdade um carro Astra preto, viatura oficial da PF para ir embora.
Alexandre alega ainda que chovia muito na ocasião e a cidade estava sem energia e portanto, com uma visibilidade péssima quando entrou na avenida Campo Grande, centro de Naviraí.
Depois de alcançar uma “velocidade média”, o policial afirma que “rampou” num “quebra-molas” e colidiu com “alguma coisa”.
Ele alega ainda que por não ter avistado o quebra-molas perdeu um pouco o controle da viatura, e em seguida sentiu o impacto mas não sabia do que se tratava, em seguida reduziu a velocidade e olhando pelo retrovisor, viu vultos e “algo” que estava no chão e teria ficado na dúvida se tratava ou não de uma pessoa.
Nesse momento ele disse estar preocupado com com a sua segurança pessoal, por isso resolveu sair imediatamente do local.
O policial federal Alexandre relata ainda que na manhã do mesmo dia estava escalado para uma missão a ser desencadeada na cidade de Tacuru, também no sul de MS.
Ele guardou a viatura avariada em sua residência e foi ao trabalho de carona com um amigo.
Ao chegar a PF, Alexandre Cavalcante disse a outro federal que havia batido o carro na madrugada e que iria providenciar o conserto não comentando com ninguém o que aconteceu em sua andança.
Seguindo para a missão, ouviu no rádio uma reportagem falando sobre o acidente, e só foi aí então que ele realmente concluiu que se tratava de uma pessoa.
Quando retornou de Tacuru, o federal Alexandre Cavalcante, foi perguntado por outro policial sobre o fato, e na resposta ele disse que realmente teria atropelado uma pessoa e já foi em busca de um advogado pedindo para seus colegas acionarem à Polícia Civil a respeito do ocorrido, ja que não parou no locou temendo pela sua integridade física.
Alexandre termina o interrogatório dizendo que está extremamente consternado com o acidente, que não consegue dormir direito, que não havia ingerido bebida alcoólica e que não estava em alta velocidade.
Indagado sobre a versão que acabara de contar, o PF diz que não se recorda ter passado por cima de nada, apenas se lembra de ter olhado no retrovisor e visto que teria batido em “algo”.
Olha senhor policial federal Alexandre Cavalcante de Oliveira, não farei comentários nesse momento, mas, se a Polícia Civil acha que essa historinha colou, não colou!
Estaremos acompanhando.
Vai vendo!