Desde o início deste ano a administração do prefeito Marquito Trad está deixando faltar medicamentos nas unidades básicas de saúde e na Farmácia Central da Secretaria Municipal de Saúde Pública de Campo Grande (SESAU). Prometendo melhorar a saúde pública no município, o prefeito atual está deixando a desejar também nesse quesito assim como já fez com a questão dos buracos e do transporte coletivo urbano.
Casos de esperar a boa vontade de Marquito, o MPE (Ministério Público do Estado) entrou com pedido de Cumprimento Provisório de Sentença contra a Prefeitura de Campo Grande para compra de medicamentos básicos para a rede municipal de saúde.
A promotora de Justiça Filomena Aparecida D. Fluminhan, titular da 32ª Promotoria de Justiça, realizou nova vistoria técnica em 8 de março deste ano na farmácia e almoxarifado da Rede Municipal de Saúde (CAF) e comprovou que o município não regularizou o estoque de medicamentos de sua responsabilidade.
Segundo o MPE, a investigação aponta que houve um alarmante decréscimo dos quantitativos de Medicamentos Essenciais (Remume) estocados na Farmácia Central e nas unidades da saúde da Rede Municipal de Saúde que já eram insuficientes.
O MPE propôs a Ação Civil Pública com pedido de Tutela de Urgência, contra o município para promover de forma continuada a Assistência Farmacêutica Municipal, regularizando e mantendo regularizado o estoque de medicamentos essenciais.
Outro lado
Com o MPE nos seus calcanhares, o prefeito Marquito Trad divulgou que a Farmácia Central recebeu na semana passada o primeiro lote de insumos para atender as unidades de saúde da Capital. A atual administração informou que conseguiu, por meio de negociações com fornecedores, que a entrega dos medicamentos para a SESAU não fosse prejudicada.
Além disso, o prefeito insiste em dizer que foram recebidos 41.580 frascos de 500 ml de solução fisiológica, que é usado na hidratação e diluição de medicamentos intravenosos em pacientes atendidos nas UPAs, CRSs e unidades básicas de Saúde. Essa quantidade seria suficiente para atender toda a rede por 45 dias.
Agora, as equipes do setor de distribuição vão realizar uma força-tarefa para normalizar os estoques nas unidades de saúde no período de 7 a 15 dias, enquanto que nas unidades que funcionam 24 horas, o prazo é de até um dia.
Na próxima semana, outra remessa com mais de 100 mil frascos de solução fisiológica será recebida, além de medicamentos como dipirona sódica e paracetamol (gotas), furosemida (injetável) e água destilada.
No entanto, até o momento, as unidades básicas de saúde da Capital continuem sem medicamentos, conforme apurou o Blog do Nélio por meio de consultas aos usuários desses locais.
A pergunta que não quer calar é: cadê esses remédios? As respostas só podem ser duas: ou a Prefeitura não efetuou essa compra ou está faltando equipe para fazer a entrega desses medicamentos nas unidades de saúde.