A decisão da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), de cortar despesas e reduzir o expediente para seis horas diárias atingiu em cheio os 400 professores que atuam na Semed (Secretaria Municipal de Educação), que tiveram os salários reduzidos.
Conforme o presidente da ACP (Associação Campo-Grandense dos Professores), Gilvano Bronzoni, cerca de 400 educadores atuam na sede da Semed. “Na reunião que tivemos na sexta-feira com a prefeita Adriane Lopes recebemos a garantia de que não haveria cortes nas escolas”, revelou.
Na Semed, porém, a maior parte dos professores foi liberada do trabalho a partir das 11h20, ficando somente os professores concursados com carga horária de 40 horas semanais, que cumpririam expediente até 13h20, novo horário de fechamento de praticamente todos os órgãos municipais.
Professores concursados com apenas 20 horas e que foram contratados para aulas complementares foram dispensados às 11h20 e a partir de agora ficarão sem esta renda complementar, conforme informações que receberam.
Educadores sem concurso nenhum e contratados para trabalharem durante 32 ou 40 horas semanais na sede da Semed também foram dispensados no fim da manhã e a partir de agora receberão por apenas 20 horas semanais, conforme informações que receberam de suas chefias imediatas.
Por conta da crise financeira que atinge a prefeitura de Campo Grande, o decreto publicado em edição extra do DioGrande (Diário Oficial de Campo Grande) na sexta-feira prevê redução de 20% no salário da prefeita, que é de R$ 26,9 mil, do vice, secretários e adjuntos das secretarias. A medida vale por 120 dias e pode ser prorrogada por igual período.

