Durante todo o dia de hoje Campo Grande recebe a Pré-COP30 Oficial Bioma Pantanal no auditório da Faculdade Instead, localizada na avenida Fernando Corrêa da Costa, número 845, Centro, em Campo Grande.
O tema é “Clima e Biodiversidade: o papel dos estados e municípios na COP30”. O evento antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.
A realização é do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Consórcio Brasil Verde e Centro Brasil no Clima (CBC).
O evento debate clima e biodiversidade, além de discutir como o Pantanal pode se tornar referência mundial em políticas de mitigação, adaptação e financiamento climático.
Políticas de mitigação são ações e diretrizes implementadas por governos, empresas ou indivíduos com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e aumentar a absorção desses gases pela atmosfera (sumidouros de carbono).
O principal assunto abordado na manhã desta terça-feira (30) foi o equilíbrio entre produção agropecuária e preservação ambiental.
Segundo o coronel aposentado da PMMS e presidente do Instituto Homem Pantaneiro IHP, Ângelo Rabelo, o Pantanal passou a ter um papel protagonista, assim como a Amazônia, que é o tema da COP30 deste ano.
“A iniciativa do governo vai permitir que nós possamos reunir, de fato, informações para definir prioridades e buscar as parcerias necessárias para que esse evento nos traga, de fato, benefícios para proteger um bioma que, sem dúvida nenhuma, é motivo de orgulho para todos nós. O alinhamento do terceiro setor com o agronegócio é a única oportunidade que nós temos de avançarmos para o futuro com sustentabilidade. Nós estamos buscando trazer a velocidade e a expertise do terceiro setor com a competência do proprietário rural e, com isso, construir estratégias para o futuro”, pontuou Rabelo.
De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Marcelo Bertoni, a entidade irá apresentar projetos na COP30.
“Nós temos vários estudos mostrando que a nossa agricultura tropical é sustentável, principalmente, ela capta os gases de efeito estufa, não só contribui limpando o ar. A CNA já lançou uma cartilha da COP30 mostrando o que nós estamos fazendo para mitigação dos gases de efeito estufa, principalmente na agropecuária. Lá nós vamos desmitificar essa questão que dizem que o arroto do boi é o causador de todos os problemas que nós temos. E nós vamos mostrar neste estudo, a soja quando nasce você planta, quando ela cresce, ela puxa o gás carbônico, faz a transformação. [Também existe] a palhada que você tem uma série de números que vão ser apresentados lá em estudo”, detalhou Bertoni. Com infos Correio do Estado