Lançado ontem (4) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Programa Gás do Povo vai beneficiar 159.709 famílias em Mato Grosso do Sul, garantindo gratuidade na aquisição do gás de cozinha.
Em todo o Brasil, 15,5 milhões de famílias de todos os estados serão contempladas com o benefício, totalizando 50 milhões de pessoas. O programa irá substituir o atual Auxílio Gás, que alcança pouco mais de 5,13 milhões de famílias.
A principal mudança, segundo o governo federal, é que a União deixará de fazer repasses em dinheiro para entregar diretamente o gás ao beneficiário. A estimativa é que 65 milhões de botijões serão distribuídos por ano.
Para este ano, serão investidos R$ 3,57 milhões e, em 2026, R$ 5,1 bilhões. Terão direito ao Gás do Povo famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759), com prioridade para aquelas que recebem Bolsa Família.
A frequência do benefício varia conforme a composição familiar. Famílias com dois integrantes receberão até três botijões por ano. Aquelas com três integrantes poderão receber até 4 botijões anuais e as famílias com quatro ou mais integrantes, até seis.
O beneficiário irá retirar os botijões diretamente nas revendas credenciadas mais próximas de sua moradia, sem intermediários. A gratuidade será concedida no momento da compra, mediante validação eletrônica.
O beneficiário terá um vale digital e o acesso ao benefício será gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que faz a gestão do Bolsa Família.
Conforme o presidente Lula, o programa visa reduzir desigualdades e garantir dignidade às famílias de baixa renda, assegurando que nenhum trabalhador precise comprometer parte significativa do salário para comprar um botijão de gás.
“Nós estamos assumindo a responsabilidade de que uma pessoa não pode gastar 10% do salário mínimo para comprar gás. A gente vai arcar com a responsabilidade de fazer com que as pessoas mais pobres possam receber o gás de graça”, destacou.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o gás de cozinha agora passa a ser tratado como item essencial, fundamental para assegurar segurança alimentar, dignidade e bem estar social.
“O Gás do Povo combate a pobreza energética, garante alívio no orçamento das famílias que mais precisam e ainda protege a saúde, principalmente de mulheres e crianças, que utilizam lenha, álcool e outros materiais inflamáveis e tóxicos”, afirmou.