Uma mãe, cujo nome será preservado afirma que o seu bebê, de apenas três meses de idade, teve de esperar por seis horas na terça-feira (2) para ser atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Joel Rodrigues da Rocha, na região das Moreninhas, em Campo Grande (MS).
Ela contou que chegou à unidade de atendimento com o filho e já encontrou o local lotado, inclusive de crianças e bebês com febre e sintomas gripais. “Cheguei na UPA às 14h com o meu bebê e fui atendida às 19h30. Tinham muitos bebês com febre e o pessoal disse que não tinha pediatra, seria preciso marcar um clínico geral”, reclamou.
Entretanto, a situação gerou revolta ao ouvir que os bebês seriam os últimos no atendimento. “Me mandaram esperar porque ele não era prioridade, disseram que criança não é gente. Ouvir isso dói, que meu bebê não é prioridade”, desabafou.
A mãe pede uma fiscalização maior no local, já que a situação é recorrente na unidade. “Essa UPA das Moreninhas só serve para enfeite, porque para atender o povo não presta”, disparou.
Para a reportagem, a mulher ainda questiona o quadro de funcionários. “Eles disseram que não tem médico na unidade por conta da Sesau [Secretaria de Saúde Municipal]. Cadê a Sesau? Eles colocam funcionários sem experiência só para tapar buraco”, relatou.