Sesau admite quadro incompleto na Unidade de Saúde da Família Mário Covas
Apesar de negar a falta de médicos nas unidades básicas de saúde em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) reconheceu que na USF (Unidade de Saúde da Família) Mário Covas o quadro de servidores está incompleto.
O caso foi denunciado quando uma moradora em busca de atendimento se deparou com salas vazias de profissionais e enfermeiros atuando como médicos.
Luzia Janete, 52 anos, gravou um vídeo mostrando a unidade vazia e com falta de medicamentos. “Não tinha médico, eram duas enfermeiras. Na hora da consulta, uma delas me perguntou se eu queria remédio. Não era pra ela me passar o remédio, em vez de me perguntar se eu quero?”, argumentou.
Em nota a secretaria afirmou que a informação sobre a falta de profissionais na unidade “não procede”, mas se contradiz logo em seguida. “A única área que está descoberta de profissional médico está sendo absorvida pelos outros dois profissionais que atendem na unidade, não havendo desassistência da população da área”.
Janete também buscou na unidade uma receita de fluoxetina, medicamento de uso controlado para depressão e ansiedade, mas a equipe alegou que o fármaco estava em falta, ponto rebatido pela secretaria.
“Quando se trata de falta de medicamento, a informação também não condiz com a realidade, uma vez que a unidade está com o estoque de medicamentos na farmácia completamente abastecido”, diz a Sesau.
Além disso, a mulher aguardou atendimento por mais de três horas no local. “Eles ficam enganando as pessoas, falando que vai ter médico e ninguém resolve nada. Esperei das 8h às 11h da manhã e não aconteceu nada. Nem dipirona tinha”, denunciou.
A Sesau também disse que o tempo de espera é inferior ao de outras unidades, mas reforçou que a unidade realiza o atendimento mediante agendamento.
“Cabe reforçar que a USF é uma unidade que realiza atendimento mediante agendamento, havendo também agenda aberta demanda espontânea para os pacientes que chegam à unidade com queixas de baixa complexidade, o que resulta em um tempo de espera inferior aos de unidades de urgência, que trabalham com casos de maior complexidade”. Com infos TopMídiaNews
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